Começou neste domingo (24) o julgamento do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, que é acusado de corrupção, fraude e abuso de poder em três inquéritos.
Essa é a primeira vez na história de Israel que um chefe de governo empossado se apresenta no banco dos réus. "O objetivo é abater um premiê forte e de direita", disse Netanyahu ao chegar no Tribunal de Jerusalém cercado por ministros de seu partido, o conservador Likud.
O primeiro-ministro é acusado de ter recebido presentes de empresários em troca de favores políticos (Caso 1000) e de ter beneficiado o jornal Yedioth Ahronot (Caso 2000) e a companhia de telecomunicações Bezeq, dona do site Walla! (Caso 4000), para obter cobertura jornalística favorável.
Nos dois primeiros, Netanyahu é acusado de fraude e abuso de poder; no último, desses dois crimes e também de corrupção. O líder conservador é primeiro-ministro desde 31 de março de 2009 e também governou Israel entre 1996 e 1999.
Seu atual gabinete é fruto de uma aliança de ocasião com o centrista de oposição Benny Gantz, com quem chegou a um acordo para evitar que o país fosse às urnas pela quarta vez em pouco mais de um ano.