A comissão eleitoral de Gana declarou nesta segunda-feira o ex-presidente e principal líder da oposição, John Dramani Mahama, vencedor da eleição presidencial de sábado com 56,55% dos votos, de acordo com resultados provisórios.
O principal rival de Mahama, o vice-presidente e candidato presidencial do partido governista, Mahamudu Bawumia, admitiu já no domingo a derrota nas eleições presidencial e legislativa para aliviar as tensões.
A comissão eleitoral disse ter contado os votos de 267 dos 276 distritos eleitorais do país da África Ocidental. O comparecimento dos eleitores foi de 60,9%.
Mahama, de 66 anos, está retornando ao cargo depois de ter sido presidente de Gana de 2012 a 2016. Ele descreveu Bawumia como representante de uma continuação das políticas que levaram à pior crise econômica de Gana em uma geração.
"Esse mandato serve como um lembrete constante do destino que nos aguarda se não conseguirmos alcançar as aspirações de nosso povo e governarmos com arrogância", disse ele a centenas de alegres apoiadores na sede de sua campanha após o anúncio dos resultados.
"A vitória mostra que o povo ganense tem pouca tolerância com a má governança", acrescentou ele, prometendo "medidas severas e reformas de governança" para "reiniciar nossa nação".
Em uma entrevista à Reuters antes da eleição, Mahama disse que tentaria renegociar os termos de um resgate de 3 bilhões de dólares do Fundo Monetário Internacional, garantido no ano passado para reestruturar a dívida do país.
Ele também prometeu flexibilizar as regulamentações comerciais, introduzir um sistema de trabalho de três turnos de 24 horas, aprovar reformas tributárias e investir 10 bilhões de dólares na modernização da infraestrutura.
Uma grave crise econômica e de custo de vida em Gana -- país produtor de cacau, ouro e petróleo -- atingiu a popularidade do governo de Akufo-Addo e aumentou o ímpeto para uma mudança na liderança.