Conselho médico da Índia rejeita reativação do turismo devido à ameaça da Covid-19

12 jul 2021 - 11h41

Reabrir os destinos turísticos da Índia e permitir viagens de peregrinação poderiam ter o efeito de "super disseminadores" de uma terceira onda de infecções de Covid-19, alertou o principal organismo médico do país nesta segunda-feira.

Lojistas aguardam para abrir suas lojas em área comercial após as autoridades aliviarem as restrições de lockdown em Nova Délhi, Índia
07/06/2021 REUTERS/Adnan Abidi
Lojistas aguardam para abrir suas lojas em área comercial após as autoridades aliviarem as restrições de lockdown em Nova Délhi, Índia 07/06/2021 REUTERS/Adnan Abidi
Foto: Reuters

Depois que uma segunda onda catastrófica, impulsionada principalmente pela variante Delta mais infecciosa e perigosa, devastou o sistema de saúde nacional, a Índia está relatando agora cerca de um décimo dos números diários do pico de maio.

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Mas especialistas temem que uma terceira onda de infecções não esteja longe, já que restrições de viagem estão sendo relaxadas em várias partes do país.

Nesta segunda-feira, a Associação Médica Indiana (IMA) apelou para que governos estaduais e cidadãos não abaixem a guarda contra a Covid-19, dizendo que uma terceira onda é inevitável.

"É doloroso notar, neste momento crucial... em muitas partes do país, tanto o governo quanto o público está sendo negligente e participando de reuniões em massa sem seguir os protocolos contra a Covid", disse a IMA em um comunicado à imprensa.

Os comentários da IMA ecoaram aqueles de autoridades de alto escalão do governo que pedem aos cidadãos que evitem aglomerações em locais turísticos e alertam que a segunda onda do coronavírus ainda não terminou.

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"A bonança do turismo, as viagens de peregrinação, o fervor religioso são todos necessários, mas podem esperar mais alguns meses", disse a IMA, acrescentando que autorizar estes rituais e permitir que pessoas não-vacinadas compareçam a estas reuniões são "super disseminadores em potencial da terceira onda da Covid".

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