As brasileiras Kátyna Baía e Jeanne Paolini estão comemorando a soltura em Frankfurt, na Alemanha. As duas passaram mais de um mês presas no país, sob acusação de tráfico de drogas, após terem as malas trocadas no Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP).
O cônsul brasileiro na cidade, Alexandre Vidal Porto, compartilhou o momento de celebração delas nas redes sociais.
"Kátyna e Jeanne, livres — e brindando —, enfim!", escreveu ele no Instagram, ao postar uma foto das brasileiras segurando canecas de chopp em um bar.
As brasileiras foram soltas nesta terça-feira, 11, por autorização do Ministério Público alemão, sem a necessidade de qualquer trâmite processual.
"Não precisa de chancela do juiz. Elas serão soltas hoje. Na Alemanha funciona assim. A legislação permite que quando o Ministério Público arquiva o processo, que peça então que sejam liberadas", explicou a advogada do casal, Chayane Kuss de Souza, em entrevista à TV Globo, minutos antes da soltura.
Entenda o caso
Jeanne, médica veterinária, e Kátyna, empresária, são casadas e planejavam passar 20 dias de férias na Europa, mas foram presas em uma escala em Frankfurt no dia 5 de março, sob a suspeita de tráfico internacional de drogas. Elas foram presas em posse de duas malas com 20 quilos de cocaína cada.
De acordo com a investigação da Polícia Federal, as brasileiras fizeram uma escala no Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP), onde tiveram as etiquetas das malas trocadas por uma quadrilha. A ação foi constada através das imagens de câmeras de segurança.
O esquema era operado por meio da parceria de funcionários terceirizados no aeroporto. Ao menos sete pessoas foram detidas na Operação Iraúna, que investiga o caso.
Na semana passada, a Secretaria Nacional de Justiça compartilhou com a Justiça alemã o inquérito da Polícia Federal com a documentação e os vídeos que comprovam que as etiquetas das malas de Kátyna e Jeanne foram trocadas no Aeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos (SP). Os documentos foram encaminhados com a tradução juramentada, via Ministério da Justiça e Itamaraty.