O governo da Coreia do Sul declarou nesta terça-feira (3) lei marcial de emergência em todo o país para "limpar" espiões da Coreia do Norte que foram detectados no território.
O anúncio foi feito pelo presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol, durante um pronunciamento surpresa transmitido pelas TVs locais.
"Para proteger uma Coreia do Sul livre das ameaças representadas pelas forças comunistas da Coreia do Norte e para eliminar elementos anti-Estado, declaro lei marcial de emergência", declarou Yoon.
Segundo ele, a medida, que restringe acesso a direitos civis e substitui a legislação normal por leis militares, é necessária para proteger o país das "forças comunistas" e para defender a ordem constitucional da nação.
Em seu breve pronunciamento, o líder sul-coreano acusou a oposição de atividades contra o Estado e reforçou que reconstruirá uma país livre e democrático por meio da lei marcial.
Desde que assumiu o cargo em 2022, Yoon tem lutado para impor suas agendas contra um Parlamento controlado pela oposição, que protestou contra a decisão e convocou todos os partidos para se manifestarem.
Até mesmo integrantes de seu governo criticaram a medida. O ex-ministro da Justiça sul-coreano Han Dong-hoon reforçou que o uso da lei marcial é "errado" e que vai pará-lo com a ajuda da população. .