Os líderes da Coreia do Sul e da China concordaram neste sábado em administrar a segurança da península da Coreia de maneira estável e resolver as tensões em relação à Coreia do Norte pacificamente, disse o gabinete da presidência sul-coreana.
Para isso, os dois países reforçarão discussões estratégicas em todos os níveis, disse o porta-voz da presidência Yoon Young-chan no Vietnã, onde houve uma reunião entre o presidente sul-coreano Moon Jae-in e o chinês Xi Jinping.
Xi disse a Moon que encoraja a Coreia do Sul a retomar o diálogo com a Coreia do Norte e voltar a negociar uma reconciliação e a desnuclearização, segundo a agência de notícias estatal Xinhua.
A tensão na península da Coreia cresceu no mês passado, após o líder norte-coreano Kim Jong Un e o presidente americano Donald Trump trocarem ameaças bélicas e insultos em torno do programa de desenvolvimento de mísseis e de armas nucleares.
A China tem sido pressionada pela Coreia do Sul e pelos Estados Unidos a desempenhar um papel mais ativo para frear as ambições nucleares e balísticas da Coreia do Norte.
Pequim afirma que está cumprindo com as sanções do Conselho de Segurança das Nações Unidas e fazendo tudo que pode para frear as ações provocativas da Coreia do Norte.
Na cúpula, Moon e Xi também concordaram em rapidamente normalizar o comércio bilateral em todos os setores, disse Yoon, reiterando os termos de um acordo anunciado mês passado, quando os dois países concordaram em encerrar um distanciamento de um ano por causa de um sistema anti-mísseis americano.
Empresas sul-coreanas com clientes chineses sofreram com as represálias da China, que se opôs veementemente à implantação do sistema Terminal de Alta Altitude de Defesa Áerea (THAAD).
Xi pediu que a Coreia do Sul tome "uma atitude responsável sobre o Thaad e que resista ao teste da história", disse Xinhua.
Os dois concordaram que Moon deve visitar Xi na China, em dezembro, para outra rodada de discussões, enquanto Moon convidou Xi para a Coreia do Sul, durante os Jogos Olímpicos de Inverno de Pyeongchang, em fevereiro de 2018, disse o porta-voz.