O corpo de Francisco Wanderley Luiz, autor das explosões que assustaram Brasília na noite da última quarta-feira (13), foi retirado da Praça dos Três Poderes em um veículo do Instituto Médico Legal (IML).
De acordo com informações veiculadas pela GloboNews, os restos mortais serão levados para análise no Instituto Nacional de Criminalística da Polícia Federal.
O corpo permaneceu na Praça dos Três Poderes por mais de 13 horas, enquanto policiais desarmavam artefatos potencialmente explosivos ligados ao cadáver.
Luiz era natural de Rio do Sul, cidade catarinense de mais de 70 mil habitantes e onde ele foi candidato a vereador pelo PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, em 2020.
O deputado federal Jorge Goetten, presidente do Republicanos em Santa Catarina, conhecia o agressor desde a juventude e chegou a recebê-lo em seu gabinete na Câmara algumas vezes, a última delas em maio de 2023.
"Em nome da empatia e da solidariedade, me coloco à disposição da família neste momento de dor", destacou Goetten nas redes sociais. Em entrevista à CNN, o parlamentar contou que Luiz parecia "um tanto quanto alterado, com problema mental", na última vez em que eles conversaram, devido a um divórcio.
"Ele falou para mim da separação, e senti que isso abalou muito ele. Não era aquele amigo de Rio do Sul que eu conhecia", acrescentou. Ainda de acordo com Goetten, Luiz chegou a obter sucesso como empresário no setor de casas noturnas em sua cidade e pertencia a uma "família do bem".
Em mensagens no WhatsApp pouco antes das explosões, o agressor escreveu que a PF teria "72 horas para desarmar a bomba na casa dos comunistas", citando alvos como o vice-presidente Geraldo Alckmin e os ex-presidentes José Sarney e Fernando Henrique Cardoso. "Cuidado ao abrir gavetas, armário, estantes, depósito de materiais, etc. O jogo acaba dia 16/11/2024. Boa sorte", disse. .