Um tribunal egípcio condenou à morte sete homens, incluindo o proeminente militante islâmico Adel Habara, pelo assassinato de 25 policiais no ano passado em um ataque próximo à fronteira com Israel, disseram fontes ligadas à Justiça egípcia neste sábado.
O ataque aconteceu em agosto de 2013 depois que o governo dissipou violentamente duas ocupações de protesto no Cairo, onde partidários do presidente deposto Mohamed Mursi pediam a restauração de seu mandato.
A corte condenou 25 outros à prisão por acusações relacionadas, com sentenças que foram de 15 anos de cadeia a prisão perpétua. Apenas 19 dos sentenciados estavam presentes, incluindo Habara, disseram as fontes.
A decisão, que ainda admite recurso, segue a condenação à morte de Grand Mufti, a maior autoridade sunita egípcia.
O presidente Abdel Fattah al-Sisi, que como comandante do exército arquitetou a deposição de Mursi após os protestos contra seu governo, reprimindo também os partidários da Irmandande Muçulmana, enfrenta uma crescente insurgência islâmica na península do Sinai, próxima a Israel e à Faixa de Gaza.
Mais de 500 pessoas, a maioria delas policiais e soldados, foram mortas no Egito em ataques de militantes islâmicos desde o verão passado, de acordo com dados do governo.
(Por Ali Abdellati)