Covid: China quer testar 14 milhões em dois dias após confirmação de novo foco

Enquanto a China segue uma política de covid zero, Tianjin pretende testar todos os seus residentes em 48 horas.

9 jan 2022 - 21h47
(atualizado em 10/1/2022 às 11h08)
Moradores de Tianjin fazem fila para realizar o teste de covid
Moradores de Tianjin fazem fila para realizar o teste de covid
Foto: EPA / BBC News Brasil

A cidade portuária chinesa de Tianjin pretende testar seus 14 milhões de moradores nas próximas 48 horas após a descoberta de um novo foco de Covid.

As pessoas que vivem na cidade foram aconselhadas a ficar em casa até obter o resultado do teste. Elas devem apresentar um laudo negativo para poder acessar alguns serviços, como o transporte público.

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Dos 20 casos descobertos, dois são da variante Omicron, altamente transmissível.

A China está buscando uma política de Covid zero, que visa erradicar a doença na comunidade.

Em contraste com outras partes do mundo, que se abriram após as campanhas de vacinação, a China respondeu a um pequeno número de casos locais com testes em massa e bloqueios rígidos.

Essa política sanitária provavelmente ficará sob pressão por conta do Ano Novo Lunar em 1º de fevereiro, quando milhões de pessoas normalmente viajam para visitar amigos e familiares. Além disso, as Olimpíadas de Inverno começam alguns dias depois dessa celebração. A preocupação se dá pelo fato de que o evento esportivo atrairá pessoas do mundo inteiro para o país. A cidade-sede de Pequim fica a apenas 115 km de Tianjin.

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Os organizadores das Olimpíadas criaram um "circuito fechado", no qual os participantes dos jogos só podem sair desta área restrita se fizerem quarentena. Os residentes de Pequim foram aconselhados a evitar compartilhar veículos usados para transportar pessoas que estejam indo ou voltando dos jogos, relata a agência de notícias Reuters.

Em Tianjin, há grandes filas de pessoas esperando para fazer o teste de covid.

A resposta fica aquém das medidas mais rígidas vistas nas cidades de Xi'an e Yuzhou, que estão fechadas.

A cidade de Xi'an decretou lockdown desde o final de dezembro de 2021 e os moradores da região foram obrigados a ficar em casa. Eles estão proibidos até mesmo de sair para fazer compras de itens essenciais.

Os moradores locais reclamaram que o abastecimento de alimentos está acabando. Alguns deles estão, inclusive, trocando produtos entre si.

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