A participação popular no primeiro turno das eleições municipais na Itália, realizado neste domingo (10), atingiu 44,05% do eleitorado às 19h (horário local), faltando quatro horas para o fechamento das urnas.
Os dados são do Ministério do Interior e representam um crescimento de quatro pontos em relação ao último pleito municipal no país, quando a afluência até o mesmo horário havia sido de 40,03%.
Os números, no entanto, levam em conta apenas 623 das 760 cidades chamadas às urnas, já que as eleições nas cidades da Sicília são administradas diretamente pelo governo regional, e não por Roma.
Entre os municípios que votam neste domingo, 109 têm mais de 15 mil habitantes, ou seja, com possibilidade de segundo turno em 24 de junho, caso nenhum candidato a prefeito alcance a maioria absoluta dos votos.
Os olhos estarão voltados sobretudo para as 20 capitais de província que vão às urnas: Ancona, Avellino, Barletta, Brescia, Brindisi, Catânia, Imperia, Massa, Messina, Pisa, Ragusa, Siena, Siracusa, Sondrio, Teramo, Terni, Trapani, Treviso, Vicenza e Viterbo.
Além disso, também votam dois distritos de Roma, envolvendo 290,9 mil eleitores. Ao todo, 6,75 milhões de pessoas foram convocadas a participar das eleições para prefeito e vereador.
O pleito é o primeiro teste para avaliar a reação dos eleitores ao governo de coalizão entre o antissistema Movimento 5 Estrelas (M5S) e a ultranacionalista Liga, que se aliaram para apoiar o jurista Giuseppe Conte, no poder desde 1º de junho, como primeiro-ministro da Itália.
No entanto, os dois partidos são adversários nas eleições municipais, o que ajudará a definir qual eleitorado reagiu melhor à coalizão em âmbito nacional. Já o Partido Democrático (PD), de centro-esquerda, tentará recuperar parte do capital político dizimado pelas urnas em 4 de março, enquanto Silvio Berlusconi, agora liberado para se candidatar, busca conter a ascensão da Liga como líder da direita.