Cúpula do G20 começa hoje sem consenso sobre documento final

Reunião acontece até esta terça-feira, no Rio de Janeiro

18 nov 2024 - 07h52
(atualizado às 08h33)

Começa nesta segunda-feira (18), no Rio de Janeiro, a Cúpula do G20, que reúne líderes das maiores economias do mundo, da União Europeia e da União Africana, em um cenário de intensos debates sobre temas globais cruciais, como as guerras na Ucrânia e na Faixa de Gaza.

    No entanto, apesar das tentativas do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de alinhar um posicionamento comum, ainda não há consenso entre os países sobre a declaração final.

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    As divergências residem principalmente na linguagem utilizada para abordar os conflitos internacionais, após a Rússia ter lançado no último domingo (17) seu maior ataque em meses contra a Ucrânia, matando 11 pessoas, incluindo duas crianças. Paralelamente, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que chegou ao Rio na noite de ontem, autorizou Kiev a usar mísseis de longa distância contra a Rússia.

    O presidente russo, Vladimir Putin, não participa da Cúpula do G20 devido a um mandado de prisão emitido pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) por supostos crimes de guerra relacionados à deportação ilegal de crianças.

    Os países do G7 - Alemanha, Canadá, EUA, França, Itália, Japão e Reino Unido - pediram ao Brasil que considere a possibilidade de reabrir as negociações sobre o documento final da reunião.

    "Tudo ficou mais crispado", disse uma fonte do governo Lula questionada pelo jornal O Globo. Por enquanto, a decisão de reabrir o debate está nas mãos do presidente.

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    Já o mandatário da Argentina, Javier Milei, também defende a condenação da ofensiva russa e diverge da proposta brasileira em relação ao conflito na Faixa de Gaza e à Agenda 2030.

    Ele não deve participar nesta segunda-feira do lançamento da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, iniciativa liderada por Lula. .

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