"Dia da Liberdade" da Inglaterra é manchado por aumento de casos de Covid-19

19 jul 2021 - 09h31

O "Dia da Liberdade" do primeiro-ministro Boris Johnson, encerrando mais de um ano de restrições contra a Covid-19 na Inglaterra, foi manchado nesta segunda-feira pelo crescimento de infecções, alertas de escassez no supermercado e o auto-isolamento do premiê.

Grupo visita Torre de Londres
19/07/2021 REUTERS/Peter Nicholls
Grupo visita Torre de Londres 19/07/2021 REUTERS/Peter Nicholls
Foto: Reuters

A aposta de Johnson de que ele consegue reacender uma das maiores economias da Europa porque agora tantas pessoas estão vacinadas marca um novo capítulo na resposta global ao coronavírus.

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Se as vacinas forem eficientes em diminuir doenças graves e mortes, mesmo com as infecções alcançando níveis recordes, a decisão de Johnson pode oferecer um caminho de saída para a pior crise de saúde pública em décadas. Caso contrário, mais lockdowns podem surgir no horizonte.

Mas o grande dia de Johnson foi manchado pelo "caos pingdêmico" porque um aplicativo do Serviço Nacional de Saúde ordenou centenas de milhares de pessoas ao auto-isolamento - gerando alertas de que prateleiras de supermercado poderiam ficar vazias em breve.

"Se não fizermos isso agora, temos que nos perguntar, quando o faremos?", disse Johnson, apenas horas depois de ser forçado a abandonar o plano de driblar a exigência de 10 dias de quarentena para ele e para o ministro das Finanças, Rishi Sunak.

"Este é o momento certo, mas precisamos ter cautela. Temos que lembrar que o vírus infelizmente ainda está lá for a."

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O Reino Unido tem o sétimo maior número de mortes no mundo, 128.708, e a projeção é que em breve tenha mais novas infecções diárias do que no auge da segunda onda do vírus, no começo deste ano. No domingo, houve 48.161 novos casos.

Mas, à frente de colegas da Europa, 87% da população adulta do Reino Unido recebeu uma dose de vacina, e mais de 68% receberam as duas doses que fornecem proteção completa. As mortes diárias, atualmente em 40 por dia, são apenas uma fração do pico superior a 1.800 visto em janeiro.

"DIA DA LIBERDADE"?

A partir da meia-noite, expiraram as leis na Inglaterra exigindo máscaras em lojas e outros ambientes internos, limites de capacidade em bares e restaurantes e regras restringindo o número de pessoas que podem socializar juntas.

Johnson determina as restrições contra Covid-19 para a Inglaterra. As administrações de Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte fazem suas próprias políticas.

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Estabelecimentos ao redor da Inglaterra enfrentaram uma escassez de funcionários, após o aplicativo do Serviço Nacional de Saúde ordenar que as pessoas se auto-isolassem, e supermercados alertaram que podem ficar sobrecarregados.

Johnson foi criticado no domingo quando ele e o ministro das Finanças, Sunak, tentaram driblar a quarentena com um esquema especial para ministros e servidores públicos. Ele agora se isolará na sua residência de campo em Chequers, após o ministro da Saúde, Sajid Javid, testar positivo para a Covid-19.

Um porta-voz de Johnson disse nesta segunda que o premiê, que já tomou duas doses da vacina, testou negativo para o coronavírus após ter tido contato com Javid.

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