A Dinamarca concordou nesta sexta-feira em debater a região do Ártico com os Estados Unidos, disse o ministro das Relações Exteriores do país, Lars Lokke Rasmussen, após seu primeiro telefonema com o secretário de Estado do governo Donald Trump, que quer o controle sobre a Groenlândia.
Rasmussen e Marco Rubio conversaram por 20 minutos em um "tom bom e construtivo", discutindo Ucrânia, segurança europeia e a situação no Oriente Médio, informou em comunicado o Ministério das Relações Exteriores dinamarquês.
Trump expressou interesse em transformar a Groenlândia, um território autônomo da Dinamarca, em parte dos EUA. Ele não descartou usar o poder militar ou econômico para persuadir a Dinamarca a entregá-la.
A localização estratégica da Groenlândia, no meio da rota mais curta entre a Europa e a América do Norte, é fundamental para o sistema de alerta de mísseis balísticos dos EUA. Assim, a região se tornou uma prioridade de Trump.
"A segurança do Ártico não estava na pauta, mas foi acertado que será discutida entre Estados Unidos, Dinamarca e Groenlândia em uma data posterior", disse o ministério dinamarquês.
O primeiro-ministro da Groenlândia, Mute Egede, que intensificou a pressão pela independência do território, afirmou várias vezes que a ilha não está à venda, e que cabe ao seu povo decidir o seu futuro.
A premiê da Dinamarca, Mette Frederiksen, disse em 15 de janeiro que havia falado com Trump e dito que cabe à própria Groenlândia decidir sobre qualquer independência.