Quase 2,8 milhões de eleitores vão às urnas neste domingo (24) para o segundo turno das eleições municipais na Itália, que envolverá 75 cidades onde, no último dia 10 de junho, nenhum candidato a prefeito conquistou a maioria absoluta dos votos.
Os olhos estarão voltados sobretudo para as 14 capitais de província em jogo neste domingo, incluindo uma capital regional, Ancona (Marcas), que é disputada pelo Partido Democrático (PD), com a atual prefeita Valeria Mancinelli, de centro-esquerda, e o conservador Stefano Tombolini, apoiado pela Liga e pelo Força Itália.
Na Toscana, a coalizão de direita liderada pelo ministro do Interior Matteo Salvini tentará conquistar históricos bastiões da esquerda, como Siena, Pisa e Massa, todas elas governadas pelo PD. Ao todo, o partido, que vem de uma amarga derrota nas eleições legislativas de 4 de março, disputará o segundo turno em oito capitais de província.
Além de Ancona, Massa, Pisa e Siena, a legenda de centro-esquerda está na briga em Avellino, Brindisi, Sondrio e Teramo. Com exceção da Avellino, onde desafiará o antissistema Movimento 5 Estrelas (M5S), o PD terá pela frente adversários de direita.
Já o M5S, que é o "acionista de maioria" do governo nacional, conseguiu chegar ao segundo turno em apenas três capitais (Avellino, Ragusa e Terni), contra 13 da aliança conservadora (Ancona, Brindisi, Imperia, Massa, Messina, Pisa, Ragusa, Siena, Siracusa, Sondrio, Teramo, Terni e Viterbo).
O pleito é o primeiro teste para avaliar a reação dos eleitores ao governo de coalizão entre o M5S e a Liga, que se aliaram para apoiar o jurista Giuseppe Conte, no poder desde 1º de junho, como primeiro-ministro da Itália.
No entanto, a Liga vem conseguindo impor sua agenda em relação ao M5S, principalmente na questão migratória, e esse cenário já se refletiu nas urnas, com o movimento antissistema, que atraíra muitos eleitores de esquerda, mostrando dificuldades nas capitais.