Quase dois terços do povo francês achou o pronunciamento de Emmanuel Macron sobre a prorrogação do isolamento do país convincente, de acordo com uma pesquisa de opinião publicada nesta terça-feira, em um sinal de que o tom mais humilde do presidente apaziguou as críticas crescentes.
Admitindo que de início o país não estava suficientemente preparado para os desafios provocados pelo surto do novo coronavírus, Macron usou uma abordagem mais empática na segunda-feira, em contraste com a retórica de guerra de seus discursos anteriores.
De acordo com a pesquisa OpinionWay para o jornal Les Échos, 62% dos franceses acharam o pronunciamento de 30 minutos "convincente", e 37% disseram que ele não foi "muito" ou "nem um pouco" convincente.
Macron prorrogou o isolamento francês até 11 de maio no pronunciamento televisionado assistido pela plateia recorde de 36,7 milhões de pessoas, mais da metade da população. Ele disse que a crise revelou falhas e deficiências na prontidão do Estado.
Embora a popularidade de Macron tenha disparado a princípio depois que ele seguiu o exemplo da Itália e da Espanha impondo restrições drásticas à vida pública, desde então o governo foi acusado de não tratar da escassez de máscaras e de conjuntos de exames.
"A intervenção foi eficaz. Mas a recuperação da confiança (no governo) terá que se manter nesse caminho", disse o analista Bruno Jeanbart, da OpinionWay.