Disputa entre grupos criminosos no México deixa 19 mortos, alguns deles guatemaltecos

2 jul 2024 - 13h33

Pelo menos 19 pessoas, algumas delas de nacionalidade guatemalteca, foram encontradas mortas a tiros em uma região do sul do México que se tornou um foco crescente de violência devido à disputa entre grupos criminosos pelo tráfico de drogas e de imigrantes.

Os corpos foram encontrados por policiais e soldados no reboque de um caminhão de carga usado para construção no município de La Concordia, no Estado de Chiapas, informou a promotoria local em um comunicado divulgado na noite de segunda-feira nas mídias sociais.

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"Foi um confronto lamentável (...) na área de fronteira com a Guatemala, há dois grupos que estão em conflito. Isso vem ocorrendo há algum tempo", disse o presidente Andrés Manuel López Obrador aos repórteres nesta terça-feira. "Qual é a razão para isso? Tráfico de drogas e também tráfico de imigrantes."

A promotoria de Chiapas disse que recebeu uma denúncia no domingo e enviou pessoal ao local, onde os corpos foram encontrados, 13 dos quais ainda não foram identificados. Todas as vítimas eram homens.

"Lamentavelmente, nesses assassinatos há pessoas da Guatemala, são mexicanos e guatemaltecos, irmãos guatemaltecos", acrescentou López Obrador.

A mídia mexicana informou que se acredita que os corpos sejam de membros do Cartel de Chiapas e Guatemala, que foram mortos por membros do poderoso Cartel de Sinaloa, liderado há anos por Joaquín "El Chapo" Guzmán", que está cumprindo pena de prisão nos Estados Unidos.

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Uma fonte de segurança no Estado do sul afirmou que, como resultado do aumento do fluxo de imigrantes para o México e os Estados Unidos vindos das Américas Central e do Sul e do Caribe, a presença do Cartel de Sinaloa, que se originou no Estado do norte de mesmo nome, tornou-se cada vez mais intensa em Chiapas.

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