Pelo menos duas pessoas foram mortas quando pesados combates irromperam perto da capital líbia, Trípoli, nesta quarta-feira, dois dias depois de homens armados terem atacado o Parlamento, em um dos momentos de maior violência desde a guerra de 2011.
Moradores disseram ter ouvido fortes explosões perto do quartel de al-Yarmouk, no bairro de Salaheddin. As trocas de tiros e explosões pareceram ter diminuído depois.
Pesados combates envolvendo baterias antiaéreas também ocorreram perto de um acampamento do Exército em Tajoura, um subúrbio do leste. "Nós estamos escutando explosões realmente muito fortes e disparos de tiros perto do acampamento, mas não sabemos quem está atirando", disse um morador de Tajoura.
Além disso o principal comandante naval da Líbia, general Hassan Abu Shanaq, sobreviveu a uma tentativa de assassinato quando ia para o trabalho. Um motorista e dois guardas ficaram feridos quando um grupo de homens armados atacou seu comboio em Trípoli, declarou à AFP um porta-voz oficial.
Homens armados que viajavam de carro bloquearam a passagem do comboio do contra-almirante Hasan Abu Chnak e atiraram contra seu veículo, explicou o coronel Ayub Kasem, porta-voz da Marinha.
"Ficou levemente ferido na cabeça. Um motorista e dois guardas foram baleados, mas suas vidas não correm risco", acrescentou.
Segundo Kasem, os guardas responderam e os criminosos fugiram.
A tentativa de assassinato ocorre depois que um ex-general da reserva, Khalifa Haftar, lançou uma operação contra o que chamou de "grupos terroristas".
Várias autoridades do exército anunciaram sua adesão à força paramilitar liderada por Haftar, acusada pelas autoridades de realizar uma tentativa de golpe de Estado.
Na noite de terça-feira, o chefe de Estado-Maior da Defesa aérea se somou a sua causa. O chefe do Estado-Maior da Marinha ainda não se pronunciou.
Na cidade de Benghazi, no leste, homens armados mataram um engenheiro chinês na terça-feira, depois de o terem sequestrado em seu local de trabalho, e abandonaram o corpo, de acordo com uma fonte de segurança na cidade.
Com informações da Reuters e AFP.