Mulher comandou bombardeios dos Emirados Árabes na Síria

A piloto é major das Forças Aéreas dos Emirados Árabes Unidos e sua participação nos ataques contra o EI causou debates nas redes sociais

25 set 2014 - 10h39
(atualizado às 10h58)
 A primeira piloto dos Emirados, a major da Força Aérea, Mariam Al Mansouri, 35 anos, dirige um caça F-16
A primeira piloto dos Emirados, a major da Força Aérea, Mariam Al Mansouri, 35 anos, dirige um caça F-16
Foto: HO / AFP

Uma piloto comandou o esquadrão da aviação dos Emirados Árabes Unidos que bombardeou posições do grupo Estado Islâmico (EI) na Síria, anunciaram fontes vinculadas às operações.

A piloto, de 35 anos, comandou o esquadrão de caças-bombardeiros nos ataques de terça-feira, afirmou uma fonte a par dos detalhes da operação.

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As autoridades militares dos Emirados Árabes Unidos não confirmaram a informação.

Esta é a primeira mulher que pilota um caça-bombardeiro nos Emirados. Ela pilotou um F-16 e se formou na Escola de Aviação de Abu Dhabi em 2007.

A participação da mulher piloto provocou debate nas redes sociais nos Emirados, com comentários favoráveis à participação feminina nos combates e os que consideram que a militar cometeu um ato "criminoso".

Os Emiratos Árabes Unidos são um país muito conservador, no qual as mulheres cobrem o rosto e vestem abayas (túnicas) pretas que escondem todo o corpo.

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A Arábia Saudita também divulgou na quarta-feira as fotografias dos oito pilotos de caças-bombardeiros, um deles filho do príncipe Salman ben Abdul Aziz.

Príncipe Khaled bi Salman está participando, pessoalmente, dos ataques contra os extremistas islâmicos
Foto: HO / AFP

Khaled bi Salman, filho do herdeiro do trono da Arábia Saudita, Salman bin Abdulaziz, está participando, pessoalmente, dos ataques contra os extremistas islâmicos ao participar de bombardeios na Síria e no Iraque.  O príncipe foi flagrado em um jato, o qual teria pilotado durante os ataques da terceira noite na Síria.

A participação da realeza na luta contra os rebeldes islâmicos não é somente uma forma de mostrar aos países ocidentais que o governo saudita é contra os califados instaurados nos países vizinhos, mas também envia mensagens à população muçulmana do país de que o Estado Islâmico é inimigo do Império. 

A ênfase na luta contra o EI vem das suspeitas de que o grupo islâmico seja financiado (e tenha sido fundado) por sauditas milionários - visão reforçada pelo fato de que muitos no país são simpáticos às suas opiniões.

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Assim, para convencer os cidadãos da Arábia Saudita, os jornais impressos traz fotos de seus pilotos com legendas que contam os danos que os rebeldes causam à religião muçulmana por se basear em assassinatos e decapitações. Nas publicações, também aparecem elogios do pai do príncipe Khaled sobre sua participação nos ataques.

Com informações do Daily Mail e AFP.

Desvendando o Estado Islâmico

Fonte: Terra
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