Síria: celebrações da vitória de Assad deixam 10 mortos

Entre mortos, há um menor; outras 200 pessoas ficaram feridas; os disparos foram realizados em mais de uma cidade

5 jun 2014 - 11h07
Apoiadores de Assad fizeram disparos em celebrações da vitória eleitoral do presidente em Damasco
Apoiadores de Assad fizeram disparos em celebrações da vitória eleitoral do presidente em Damasco
Foto: AP

Pelo menos dez pessoas morreram e mais de 200 ficaram feridas na Síria durante celebrações nesta quarta-feira da vitória eleitoral do presidente Bashar Al-Assad, segundo informou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH) nesta quinta-feira.

Entre as vítimas, cujas mortes foram provocadas por tiros, há um menor, um jogador de futebol e um cinegrafista da televisão Al Itiyah, indicou o OSDH.

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Ainda de acordo com a organização, os disparos ocorreram na capital do país, Damasco, em Allepo, no norte, e nas províncias costeiras de Latakia e Tartus, regiões controladas pelo regime de Assad.

O observatório acusou a milícia pró-governamental shabiha de ser a autora dos disparos. Nessa quarta-feira, antes do anúncio dos resultados, o próprio Bashar Al-Assad pediu, em comunicado, que a população se contivesse e evitasse tiros para o ar, para não colocar vidas em perigo.

O próprio Assad teria pedido para pessoas não darem tiros para cima, evitando violência; 10 morreram e mais de 200 ficaram feridas
Foto: AP

Assad foi reeleito com 88,7% dos votos, muito à frente dos seus dois adversários, o deputado da oposição, Maher Abdel Hafez Hayar, e o ex-ministro Hassan Abdallah Al-Nuri.

A eleição foi feita apenas nas zonas controladas pelo regime de Assad, a primeira em mais de meio século com mais de um candidato. A participação da população foi 73,42%.

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O Observatório Sírio dos Direitos Humanos classificou as eleições como uma "farsa" e disse que muitas famílias foram votar por medo de serem detidas por forças leais ao governo caso não o fizessem.

A guerra civil na Síria começou em 2011 e já deixou mais de 160 mil mortos, 4,5 milhões de deslocados internos e 3 milhões de refugiados.

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Agência Brasil
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