O dono de uma rede de tabloides nos Estados Unidos é a nova peça da investigação sobre o pagamento a duas mulheres, a ex-atriz pornô Stephanie Clifford e a ex-coelhinha da Playboy Karen McDougal, para que elas não revelassem casos extraconjugais com o presidente Donald Trump.
Segundo a agência "Associated Press", David Pecker, amigo pessoal do magnata republicano e presidente do grupo American Media, que edita jornais sensacionalistas e de celebridades, como o "National Enquirer", mantinha uma "caixa-forte" de escândalos potencialmente danosos ao magnata.
A suspeita é que Pecker pagasse para garantir o direito de exclusividade sobre histórias envolvendo Trump antes das eleições de 2016, com o objetivo de não publicá-las, assim como fazia com outras celebridades. Com isso, seu grupo de mídia buscava obter favores dos famosos envolvidos.
De acordo com o "Wall Street Journal", as autoridades judiciárias dos Estados Unidos garantiram imunidade a Pecker, em troca de informações sobre o suposto envolvimento de Trump nos pagamentos que Michael Cohen, ex-advogado do presidente, fez a Clifford e McDougal.
O próprio Cohen admitiu sua culpa em oito acusações de fraude fiscal e bancária e violação de regras de financiamento eleitoral. Os pagamentos às duas mulheres, que dizem ter tido casos com Trump em 2006, quando ele já era casado com Melania, ocorreram pouco antes das eleições de 2016.
O advogado aceitou colaborar com a Justiça, em troca de uma redução de sua pena, que agora pode chegar a pouco mais de cinco anos de prisão.