O primeiro-ministro da Itália, Mario Draghi, conversou por telefone nesta terça-feira (11) com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, na esteira dos ataques da Rússia contra a capital Kiev.
De acordo com o governo italiano, os bombardeios da última segunda-feira (10) foram o principal tema do diálogo. "Draghi condenou esses ataques brutais, que agravam ainda mais as responsabilidades da Rússia, e confirmou a solidariedade da Itália às autoridades e à população ucraniana", disse o Palácio Chigi.
O líder ucraniano, por sua vez, agradeceu ao primeiro-ministro por seu "apoio constante e forte". Ainda nesta terça-feira, Draghi e Zelensky participarão de uma cúpula virtual de líderes do G7 para discutir os últimos desdobramentos da invasão russa à Ucrânia.
Os ataques de segunda-feira deixaram pelo menos 19 mortos e 105 feridos em todo o país, incluindo Kiev, que não era bombardeada desde junho.
O regime de Vladimir Putin diz que mirou "infraestruturas energéticas", em retaliação pelas explosões na ponte que liga o território russo à Crimeia anexada, mas a Ucrânia alega que os mísseis atingiram alvos civis.
Segundo a ONU, os ataques da última segunda podem configurar possíveis crimes de guerra. Novos bombardeios foram registrados nesta terça, mas na cidade de Zaporizhzhia, nos arredores da maior central nuclear da Europa, e contra uma usina termelétrica em Ladyzhyn.
Devido ao recrudescimento do conflito, os Estados Unidos preparam um novo pacote de armas para a Ucrânia, enquanto a União Europeia vai treinar cerca de 15 mil militares ucranianos.
Segundo uma fonte ouvida pela ANSA, o projeto já tem um aval político, mas ainda falta definir detalhes operacionais. O quartel-general da missão ficará em Bruxelas, "capital" da UE, mas os campos de treinamento serão instalados na Polônia e em outro Estado-membro ainda a ser escolhido.