Ebola ainda está se espalhando no oeste de Serra Leoa e no interior da Guiné, diz ONU

9 dez 2014 - 16h38

Mais agentes de saúde estrangeiros são necessários para ajudar a combater a epidemia do Ebola, que está se propagando rapidamente no oeste de Serra Leoa e nas florestas do interior da Guiné, informou uma autoridade de alto escalão da Organização das Nações Unidas (ONU) nesta terça-feira.

David Nabarro, da ONU, em entrevista à Reuters na sede da organuzação em NY. 8/10/2014
David Nabarro, da ONU, em entrevista à Reuters na sede da organuzação em NY. 8/10/2014
Foto: Mike Segar / Reuters

O saldo de mortes do surto de Ebola no oeste africano subiu para 6.331 nos três países mais atingidos, e Serra Leoa ultrapassou a Libéria como nação com maior número de casos, disse a Organização Mundial da Saúde (OMS).

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“Sabemos que o surto ainda está se espalhando com força no oeste de Serra Leoa e em algumas partes do interior da Guiné. Não podemos descansar, temos que continuar nos esforçando”, disse David Nabarro, enviado especial da ONU para o Ebola.

Mais centros de tratamento estão sendo abertos em Serra Leoa, mas eles precisam de mais pessoal treinado, declarou ele em um informe à imprensa.

“Ainda não temos o número total de centros de tratamento em funcionamento e de locais onde as pessoas doentes possam ser mantidas longe das outras”, afirmou.

“Estamos prevendo a disponibilização de várias centenas de leitos nas próximas semanas, e isso irá acalmar a situação”.

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O vírus mortal está se disseminando especialmente na capital de Serra Leoa, Freetown, e em Port Loko, que precisa de uma reação mais intensa, disse Nabarro, veterano especialista em saúde pública.

“Embora eu odeie previsões, pelo menos estou confiante de que, a menos que algo saia radicalmente errado, veremos uma melhoria lá (em Freetown). É um pouco como estava a Monróvia entre 4 e 6 semanas atrás, e acho que certamente irá acalmar.”

O aumento de casos de Ebola no oeste de Serra Leoa reflete o fato de que as comunidades tribais ainda não aceitaram totalmente a epidemia nem agiram para evitar as infecções, disse.

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