Em um novo pronunciamento, feito na quinta-feira (05/11), o candidato democrata, Joe Biden, pediu calma com a apuração dos votos da eleição presidencial, que já dura dois dias.
"A democracia às vezes é confusa e às vezes também demanda paciência", disse Biden.
"Mas essa paciência tem sido recompensada há mais de 240 anos com um sistema de governo que tem sido invejado no mundo."
Biden também subiu o tom em relação à sua fala de ontem, quando disse que "acreditava" que seria o vencedor quando a apuração terminar.
Desta vez, ele demonstrou mais confiança neste resultado: "Não temos nenhuma dúvida de que, quando a contagem acabar, a senadora [Kamala] Harris e eu seremos declarados os vencedores".
"Na América, todo voto é sagrado. É como as pessoas desse país expressam sua vontade. E é a vontade dos eleitores — de ninguém mais — que escolhe os presidente dos Estados Unidos da América", disse Biden.
"Todo voto deve ser contado, e é isso que vamos ver acontecer agora. "É assim que deve ser. "
E prosseguiu: "Então, peço que todos fiquem calmos. O processo está funcionando. A contagem está sendo finalizada, e saberemos [o resultado] muito em breve."
Denúncias e ações na Justiça
Biden veio à público pela segunda vez desde as urnas foram fechadas em meio a um momento de alta tensão da apuração da eleição presencial.
Até o momento, ele está na frente na disputa com 253 votos do Colégio Eleitoral, enquanto seu adversário, o presidente Donald Trump, tem 214. São necessários 270 votos para ser declarado o vencedor.
Trump começou o dia tuitando: "Parem a contagem". Desde a quarta-feira, o republicano exige que a apuração dos votos seja interrompida, alegando que o Partido Democrata tenta fraudar a votação.
No mesmo dia, mesmo sem a contagem de todos os votos ter acabado, Trump se declarou o vencedor e denunciou a suposta tentativa de fraude, sem qualquer evidência disso.
A campanha republicana também entrou na Justiça para interromper a contagem em Estados-chave, como Michigan e Geórgia.
E também já anunciou que irá pedir a recontagem dos votos no Wisconsin, onde a apuração indica vitória quase certa para Biden.
Houve protestos nos Estados Unidos tanto para pedir a recontagem de votos quanto para impedir que a apuração seja interrompida.