Eleição nos EUA: quem é Jo Jorgensen, a candidata do Partido Libertário que ficou em 3º na eleição presidencial dos EUA

Até esta quinta-feira, Jo Jorgensen tinha 1,1% dos votos; entre suas propostas, está abolição dos impostos e do combate às drogas.

6 nov 2020 - 10h05
Jo Jorgensen é a primeira candidata do Partido Libertário à presidência dos EUA
Jo Jorgensen é a primeira candidata do Partido Libertário à presidência dos EUA
Foto: Getty Images / BBC News Brasil

As eleições presidenciais dos EUA parecem girar em torno de apenas dois candidatos, o presidente Donald Trump ou o ex-vice-presidente Joe Biden.

Mas, como nas eleições anteriores, havia outros. E alguns podem roubar votos decisivos dos dois candidatos principais.

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Nessas eleições, Jo Jorgensen, do Partido Libertário, está em terceiro lugar na disputa e, embora longe dos favoritos, ela soma mais votos do que aqueles que separaram Trump e Biden em Estados como Nevada ou Geórgia, onde a eleição será decidida.

Até quinta-feira (05/11), Jorgensen, de 63 anos, havia acumulado mais de 1,6 milhão de votos, 1,1%, a segunda melhor votação que o Partido Libertário obteve em sua história nas eleições presidenciais, atrás apenas do percentual recebido pelo candidato Gary Johnson e seu companheiro de chapa, Bill Weld, em 2016.

Mas quem é a candidata e o que ela propõe?

Empreendedora e política

Jorgensen, nascida em 1957 em Illinois, é integrante do Partido Libertário desde 1983, que a descreve como "ousada, destemida e gentil".

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Psicóloga, mãe de dois filhos e avó, ela é mestre em Administração de Empresas pela Southern Methodist University e doutora em Psicologia Industrial e Organizacional pela Clemson University, onde também ministra cursos de Psicologia.

Jo Jorgensen somava 1,1% dos votos até esta quinta-feira
Foto: Getty Images / BBC News Brasil

Ela foi representante de marketing da IBM; depois proprietária e presidente da DigiTech, empresa de backup de software; e, desde 2002, oferece consultoria para outras empresas, conforme dados de sua campanha.

Além de sua atividade profissional, ela é uma antiga integrante do movimento libertário, embora nunca tenha ocupado nenhum cargo público eletivo.

Em 1992, ela foi candidata à Câmara dos Representantes dos Estados Unidos pela Carolina do Sul e em 1996 foi candidata à vice-Presidência, com Harry Browne como líder da chapa.

Este ano, ela se tornou a primeira candidata mulher do partido à presidência dos Estados Unidos.

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Durante sua campanha, propôs a criação de um sistema de saúde baseado no mercado livre, sem a intervenção do Estado ou das seguradoras.

Ela também prometeu eliminar o imposto de renda, acabar com a guerra contra as drogas, abolir a agência do governo de combate às drogas Drug Enforcement Administration (DEA), perdoar os culpados de crimes não-violentos relacionados às drogas e encorajar dependentes químicos a buscar ajuda e reabilitação.

Sua plataforma também propõe o fim dos subsídios para grandes corporações, legalização da maconha e retorno das tropas dos EUA atualmente em zonas de conflito.

Quem são os libertários?

Criado em 1971, seu lema é: "Governo mínimo, liberdade máxima".

Os libertários se opõem a "qualquer interferência do governo nas decisões pessoais, familiares e de negócios das pessoas", a gastos excessivos do governo e acreditam que os impostos devem ser drasticamente cortados ou eliminados.

Para eles, o papel do governo deve se limitar simplesmente a ajudar as pessoas a se defenderem por conta própria do uso da força e de fraudes.

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Nas questões sociais, eles se caracterizam pela defesa da liberdade individual e de posições mais liberais e tolerantes.

Consideram que cada indivíduo tem o direito de controlar seu próprio corpo, seus atos, sua palavra e seus bens — e também se manifestam a favor do direito de ter armas.

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