Os argentinos foram às urnas hoje (27) para votar para presidente, em uma disputa que pode ser decidida no primeiro turno. Os seis candidatos compareceram às suas zonas eleitorais no período da manhã e foram recebidos por apoiadores. "Hoje é um dia de alegria: a cada vez que se vota, afirma-se a democracia, e isso é o que celebramos", disse o candidato Alberto Fernández, representante do peronismo e que tem em sua chapa como vice-presidente a ex-mandatária Cristina Kirchner. De acordo com as pesquisas de intenção de voto, Alberto Fernández pode vencer as eleições argentinas no primeiro turno, em uma vitória esmagadora contra seu principal adversário, o atual presidente Mauricio Macri. "Estamos realizando eleições históricas, nas quais se confrontam duas visões do futuro", disse o mandatário. No Twitter, ele também postou um vídeo com imagens de partidários e de apoiadores. "Alegria", escreveu Macri.
Os primeiros resultados parciais do pleito devem começar a ser divulgados às 21h locais. Concorrem à Casa Rosada Mauricio Macri (pelo movimento Juntos por el Cambio), Alberto Fernández (Frente de Todos), Roberto Lavagna (UNIR), José Luis Espert, Nicolás del Caño (FIT) e Juan José Gómez Centurión (NOS). Nas eleições primárias de agosto, a contagem dos votos só começou a ser divulgada depois da meia-noite, enquanto o resultado oficial foi revelado apenas 16 dias depois da votação, o que gerou críticas ao sistema argentino. Por volta das 17h15 locais, cerca de 70% dos eleitores habilitados tinham comparecido às urnas, um índice 4% maior na comparação com o mesmo horário das eleições primárias de agosto, informou a Câmara Nacional Eleitoral (CNE).
No exterior, o fluxo de argentinos que compareceram às urnas instaladas em consulados foi alto, com filas especialmente em Londres, Madri, Miami, Washington e Santiago do Chile.
Nas eleições de 2015, somente três de 10 argentinos eleitores no exterior participaram da votação, totalizando 10 mil pessoas. As autoridades acreditam que, nesse ano, o número deve ser superado.