O embaixador dos Estados Unidos na Rússia, John Sullivan, confirmou nesta terça-feira (20) que irá retornar para Washington para "consultas" com o presidente Joe Biden e membros do Departamento de Estado. O clima de tensão entre as duas nações está elevadíssimo após as sanções anunciadas na última semana.
"Acredito que seja importante para mim conversar diretamente com os meus novos colegas da administração Biden sobre o estado atual das relações bilaterais entre Estados Unidos e Rússia. Além disso, não vejo a minha família há mais de um ano e isso é um outro motivo importante para eu voltar para casa. Voltarei para Moscou nas próximas semanas, antes de um encontro entre Biden e [Vladimir] Putin", disse Sullivan à agência local de notícias Tass.
No entanto, a volta do embaixador havia sido "sugerida" pelo governo russo após a série de sanções impostas pelos norte-americanos na última semana.
Washington anunciou uma severa sanção econômica, proibindo que instituições financeiras do país comprem títulos da dívida russa, além da expulsão de 10 diplomatas. As medidas foram tomadas porque o governo Biden culpa Moscou de ter tentado atrapalhar as eleições presidenciais de novembro de 2020 e de estar por trás de um grande ataque hacker que atingiu diversos órgãos sensíveis norte-americanos por meses.
A Rússia nega as acusações e, como resposta, também impôs sanções políticas, expulsando 10 diplomatas e proibindo que membros do alto escalão do governo, como os secretários de Justiça, Merrick Garland, e de Segurança Nacional, Alejandro Mayorkas, e os chefes do FBI, Christopher Wray e da Inteligência, Avril Haines, entrem no território russo. .