Embaixadora dos EUA na ONU diz que líder da Coreia do Norte está "implorando por guerra"

4 set 2017 - 18h43

Os Estados Unidos acusaram nesta segunda-feira países que comercializam com a Coreia do Norte de ajudar suas "perigosas intenções nucleares", enquanto o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas pondera sobre novas sanções mais duras e o regime isolado mostra sinais de planejar mais testes de mísseis.

Embaixadora dos EUA Nikki Haley faz discurso na ONU
 4/9/2017     REUTERS/Joe Penney
Embaixadora dos EUA Nikki Haley faz discurso na ONU 4/9/2017 REUTERS/Joe Penney
Foto: Reuters

A Coreia do Sul informou estar em conversas com Washington sobre enviar porta-aviões e bombardeiros estratégicos à península coreana após o sexto e mais poderoso teste nuclear da Coreia do Norte, realizado no domingo.

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O presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, e o presidente dos EUA, Donald Trump, concordaram por ligação telefônica em descartar um limite de peso de ogivas de mísseis sul-coreanos, informou o gabinete presidencial da Coreia do Sul, permitindo que o país atinja a Coreia do Norte com maior força em caso de conflito militar.

Em um encontro do Conselho de Segurança, a embaixadora norte-americana na ONU, Nikki Haley, disse que o líder norte-coreano, Kim Jong Un, está "implorando por guerra" e pediu para o grupo de 15 membros impor as sanções "mais fortes possíveis" para detê-lo.

"Guerra nunca é algo que os Estados Unidos querem. Nós não queremos isto agora. Mas a paciência de nosso país não é ilimitada. Nós iremos defender nossos aliados e nosso território", disse Haley.

"Os Estados Unidos irão analisar todos os países que realizam negócios com a Coreia do Norte como países que estão dando auxílio às intenções nucleares imprudentes e perigosas."

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Haley disse que os EUA irão circular uma nova resolução do Conselho de Segurança sobre a Coreia do Norte nesta semana e querem uma votação na próxima segunda-feira.

A China, uma importante parceira comercial da Coreia do Norte, e a Rússia pediram uma resolução pacífica à crise.

"A China nunca irá permitir caos e guerra na península (coreana)", disse Liu Jieyi, embaixador chinês na ONU, pedindo para a Coreia do Norte parar de tomar ações que são "erradas" e fora de seus interesses.

A Rússia afirmou que a paz na região está em risco. "Sanções sozinhas não irão ajudar a resolver a questão", disse o embaixador russo na ONU, Vassily Nebenzia.

A Coreia do Norte está sob sanções da ONU desde 2006 por conta de seus programas nuclear e de mísseis. Tipicamente, a China e a Rússia só veem um teste de um míssil de longo alcance ou uma arma nuclear como um gatilho para possíveis sanções adicionais da ONU.

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Trump havia pedido para ser informado sobre todas as opções militares disponíveis, de acordo com seu chefe de Defesa.

Autoridades disseram que atividades ao redor de locais de lançamento de mísseis sugerem que a Coreia do Norte planeja mais testes de mísseis.

"Nós continuamos vendo sinais de possíveis lançamentos adicionais de mísseis balísticos. Nós também prevemos que a Coreia do Norte pode disparar um míssil balístico intercontinental", disse nesta segunda-feira Jang Kyoung-soo, vice-ministro em exercício de política de defesa nacional, durante sessão parlamentar.

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