‘Entrei em pânico e fui direto pra delegacia’, diz amigo de fotógrafo brasileiro desaparecido em Paris

Brasileiro Flávio de Castro Sousa está desaparecido desde o fim de novembro na capital francesa

9 dez 2024 - 11h23
(atualizado às 12h43)
O fotógrafo Flávio de Castro Sousa desapareceu em área tranquila de Paris, cidade que também é afetada pela violência urbana
O fotógrafo Flávio de Castro Sousa desapareceu em área tranquila de Paris, cidade que também é afetada pela violência urbana
Foto: Reprodução

O fotógrafo brasileiro Flávio de Castro Sousa, de 36 anos, está desaparecido em Paris, capital da França, há 13 dias. Familiares, amigos e autoridades no Brasil e na França estão mobilizados para encontrar Flávio, e um alerta foi emitido pela Interpol em 196 países, perguntando onde estaria o fotógrafo. Pessoas próximas revelaram as últimas mensagens enviadas pelo brasileiro.

Um dos amigos que tem ajudado nas buscas é Rafael Basso. O Fantástico, da TV Globo, exibiu neste domingo, 8, o último contato de Flávio com o amigo francês Alexandre Callet, o Alex. O estudante de moda foi a última pessoa a conseguir falar com o brasileiro.

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O fotógrafo havia acabado de terminar um trabalho em Paris e estava de férias, com uma viagem programada de volta para o Brasil. Flávio relatou que caiu na Ilha dos Cisnes, que fica no meio do Rio Sena, e esperou socorro por três horas, até ser regatado pelo Corpo de Bombeiros, e ser levado para o hospital com suspeita de hipotermia.

Rafael, que é brasileiro e mora em Paris, também ajuda nas buscas pelo amigo, Flávio
Foto: Reprodução/Fantástico/TV Globo

Tudo isso aconteceu no dia 26 de novembro, dia em que Flávio voltaria para o Brasil, após passar quase um mês na França. Em uma foto, Flávio mostra a pulseira de atendimento de emergência de um hospital, que fica a 10 minutos do local da queda.

“Eu perguntei: 'Como assim? Como você conseguiu se machucar desse jeito?' Ele respondeu: 'Não sei, só sei que caí.'", relatou Alex.

O brasileiro também escreveu para Alex: "Os bombeiros disseram que tive sorte de estar vivo. Não consegui sair da água. Fiquei muito tempo lá." E continuou: "Eu bebi demais e fiz uma besteira enorme".

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Flávio teve alta algumas horas depois de dar entrada no hospital. "Me liberaram ao meio-dia, o horário do meu voo. Fui na imobiliária que me alugou o apartamento pra pedir ajuda. Quero ficar pelo menos um dia a mais até conseguir um novo voo", escreveu.

O francês Alex foi o último a receber mensagens de Flávio
Foto: Reprodução/Fantástico/TV Globo

O fotógrafo também estava preocupado com a bagagem, que tinha ficado dentro do apartamento alugado. “Eu disse que, qualquer problema, ele podia ir lá pra casa. E aí ele me respondeu: ‘Não, não se preocupe, eu me viro’", contou Alex.

Flávio conseguiu um novo apartamento com a imobiliária e colocou as roupas molhadas para lavar. Depois, falou para Alex: “Vou tentar dormir. Estou exausto". Essa foi a última mensagem enviada por ele.

No dia seguinte, Alex voltou a tentar falar com o brasileiro, mas não teve resposta. “Comecei a achar tudo muito bizarro. Voltei pro apartamento alugado, tentei digitar a senha da fechadura digital, mas não deu certo. Aí depois liguei pra imobiliária, e eles disseram: ‘Olha, a gente não sabe onde ele tá. Mas um senhor que trabalha num restaurante atendeu o celular do Flávio’", disse Alex.

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O celular de Flávio foi encontrado em um restaurante às margens do Sena, próximo ao local da queda no rio. “Entrei em pânico e fui direto pra delegacia”, completou Alex.

O amigo francês fez contato com dois amigos de Flávio: Lucien, sócio do fotógrafo que está no Brasil; e Rafael, que mora em Paris. Eles procuraram o Consulado brasileiro.

Agora, o grupo de amigos tenta conseguir acesso às filmagens de câmeras de segurança dos locais por onde Flávio pode ter passado antes de desaparecer.

“O que a gente quer é o acesso à câmera porque Paris é uma das cidades mais vigiadas do mundo. E a gente fala desse lugar aqui, precisamente, porque o restaurante que o celular foi encontrado está desse lado. Então se houve alguma passagem do Flávio por aqui, a passarela toda é monitorada”, contou Rafael.

Fonte: Redação Terra
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