Equador anuncia prisões com guardas 'sem rosto' e celas de segurança 'supermáxima'

País vive onda violência desde fuga de um dos principais chefes do crime organizado

12 jan 2024 - 12h04
(atualizado às 12h28)
Resumo
O presidente equatoriano Daniel Noboa anunciou a construção de dois novos presídios para abrigar quase 1,5 mil detentos e implementou medidas de segurança como celas de segurança supermáxima, inibição de sinal de celular e guardas 'sem rosto'. O país enfrenta uma superlotação carcerária.
Polícia do lado de fora de TV invadida por criminosos no Equador
Polícia do lado de fora de TV invadida por criminosos no Equador
Foto: Ansa

O presidente equatoriano, Daniel Noboa, revelou na quinta-feira, 11, os planos para a construção de dois novos presídios destinados a abrigar quase 1,5 mil detentos. A iniciativa ocorreu alguns dias após ele decretar "conflito armado interno", em resposta a uma série de ataques coordenados por facções criminosas. Desde domingo, o país está em estado de exceção, desencadeado pela fuga de um dos principais líderes do crime organizado equatoriano.

"É o início de uma urgente reabilitação do sistema penitenciário equatoriano, que tem sido controlado pelas máfias durante décadas", disse ele, na transmissão oficial. 

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Em seu discurso, Noboa anunciou que os pavilhões contarão com "guardas sem rosto", ou seja, agentes que usarão máscaras para preservar sua identidade. Além disso, serão implementadas medidas como inibição de sinal de celular, paredes blindadas, controles de acesso digital e analógico, e geradores elétricos. 

Noboa, no entanto, não deu detalhes sobre quanto irá custar os novos complexos presidiários e nem quando ficarão prontas as unidades prisionais. 

Veja os principais dispositivos de segurança anunciados:

  • Celas de segurança "supermáxima" e alta segurança;
  • Inibição de sinal de celular e satélite;
  • Sistemas eletrônicos com tecnologia de ponta;
  • Controle de acesso digital e analógico;
  • Segurança tripla no perímetro;
  • Autogeração elétrica;
  • Tratamento de água;
  • Construção blindada;
  • Guardas sem rosto;
  • Licenças e permissões ambientais.

De acordo com o último relatório do Serviço Nacional de Atenção a Presos (Snai), o Equador enfrenta uma superlotação carcerária, contando atualmente com cerca de 31 mil presos para 27 mil vagas. O país sul-americano tem uma população de 18 milhões de habitantes. 

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Fonte: Redação Terra
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