A esposa do candidato à presidência do Equador Fernando Villavicencio, assassinado na noite de quarta-feira, 9, apontou as falhas das equipes de segurança e logística do marido como 'elementares' para o assassinato. Verónica Saraúz explicou que o protocolo de segurança determinava que Villavicencio, de 59 anos, deveria ter deixado o local do comício por uma porta dos fundos, onde não havia acesso do público, mas não foi o que ocorreu.
Em entrevista a uma rádio equatoriana, ela lamentou.
"A equipe de segurança falhou, a equipe de logística falhou. Fernando deveria ter saído pelo estacionamento dos fundos, como o general Carrillo fez e com escolta policial. Fernando deveria ter saído com um carro blindado e não em um carro comum. Essa van não era blindada e eles iriam matá-lo", disse.
Villavicencio, um crítico da corrupção e do crime organizado, foi morto na noite de quarta-feira com três tiros na cabeça, ao entrar num carro, após deixar evento de campanha no norte de Quito.
Investigação
Um dos suspeitos do assassinato do candidato presidencial equatoriano Fernando Villavicencio morreu durante um tiroteio que levou à sua captura, segundo a Procuradoria-Geral do Equador. Outras seis pessoas foram presas por suspeita de envolvimento.
A facção criminosa 'Los Lobos', considerada a segunda maior do Equador, assumiu a autoria do assassinato de Fernando Villavicencio. Em um vídeo publicado na rede social X, o antigo Twitter, nesta quinta-feira, 10, homens encapuzados que dizem pertencer ao grupo acusaram Villavicencio de não cumprir suas promessas.
"Queremos deixar claro para toda nação equatoriana que cada vez que políticos corruptos não cumprirem com suas promessas antes estabelecidas, quando receberem nosso dinheiro – que são milhões de dólares –, para financiar suas campanhas, serão executados", diz um dos homens.