A primeira-ministra da Escócia, Nicola Sturgeon, lançou nesta terça-feira (14) uma nova campanha para a independência do país, desafiando o governo de Boris Johnson. Em 2014, um pleito do tipo apontou que 55% dos escoceses queriam permanecer no Reino Unido.
"Depois de tudo que aconteceu, o Brexit, a Covid-19, o Boris Johnson, chegou a hora de apresentar uma visão diferente e melhor para a Escócia. Há um mandato indiscutível para um segundo referendo", disse Sturgeon em coletiva de imprensa.
Ainda conforme a chefe do governo, "muita coisa mudou" desde 2014, especialmente, a saída do Reino Unido da União Europeia, algo que a maioria dos moradores locais rejeitou durante a votação do Brexit.
"Na vida cotidiana, as pessoas em toda a Escócia estão sofrendo com o impacto do aumento do custo de vida, do baixo crescimento, da crescente desigualdade, das finanças públicas limitadas e das múltiplas implicações de um Brexit pelo qual não votamos", acrescentou a líder política.
Sem citar diretamente as recentes violações das regras sanitárias da Covid-19 de membros do governo de Londres e do próprio Johnson, Sturgeon ainda destacou que o premiê "não tem nenhuma autoridade democrática na Escócia e nenhuma autoridade moral em todo o Reino Unido".
A chefe do governo ainda afirmou que pretende seguir o rito institucional para aplicar um novo referendo. Mas, em caso de uma resposta negativa de Londres, "podemos encontrar um caminho alternativo". .