Escritor preso na China tem poemas divulgados por editora da Suécia

5 mai 2020 - 13h33
(atualizado às 13h42)

Uma editora sueca distribuiu nesta terça-feira poemas escritos por um autor de Hong Kong que foram contrabandeados para o exterior da prisão chinesa onde ele cumpre pena de 10 anos de reclusão depois de ser condenado por fornecer informações a estrangeiros ilegalmente.

Manifestantes pró-democracia queimam carta perto de fotos de escritores que estavam desaparecidos, incluindo Gui Minhai
03/01/2016
REUTERS/Tyrone Siu -/File Photo
Manifestantes pró-democracia queimam carta perto de fotos de escritores que estavam desaparecidos, incluindo Gui Minhai 03/01/2016 REUTERS/Tyrone Siu -/File Photo
Foto: Reuters

O cidadão sueco nascido na China Gui Minhai é o mais destacado de cinco livreiros que desapareceram em 2015, todos vinculados a uma livraria em Hong Kong conhecida por seus textos de fofoca sobre líderes políticos chineses.

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Esses livros são proibidos no continente chinês, mas legais em Hong Kong, uma ex-colônia britânica que retornou ao controle da China em 1997 com garantias de liberdades não usufruídas no continente.

Um tribunal chinês condenou Gui em fevereiro e disse que ele havia pedido a restituição da cidadania chinesa.

A Suécia rebateu dizendo que ele não solicitou que sua cidadania sueca fosse revogada e reiterou exigências de que ele pudesse ter acesso consular.

A editora Kaunitz-Olsson informou em um email que os poemas foram escritos por Gui na prisão.

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Os temas dos poemas, impressos em chinês e sueco, abrangem desde florestas suecas até sua prisão, com uma estrofe que dizia: "Seria constrangedor Parar de escrever poemas Porque a poesia está enjaulada".

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