Espanha planeja forçar realização de eleições na Catalunha em janeiro, diz oposição

20 out 2017 - 09h22
(atualizado às 09h49)

O governo central da Espanha garantiu o apoio da oposição para dissolver o Parlamento da Catalunha e realizar novas eleições na região em janeiro, em um esforço para neutralizar uma tentativa de independência do governo catalão.

Manifestante segura bandeira separatista da Catalunha durante protesto em Barcelona, Espanha 19/10/2017 REUTERS/Ivan Alvarado
Manifestante segura bandeira separatista da Catalunha durante protesto em Barcelona, Espanha 19/10/2017 REUTERS/Ivan Alvarado
Foto: Reuters

A principal legenda de oposição, o Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE), disse nesta sexta-feira que irá apoiar um pacote de medidas extraordinárias para impor o controle central sobre a região, cuja ameaça de se separar do restante da Espanha desestabilizou o euro e afetou a confiança na quarta maior economia da zona do euro.

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O primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, que queria o apoio dos socialistas para apresentar uma frente política unida contra o governo separatista catalão, realizará uma reunião especial do gabinete no sábado para iniciar o processo de imposição do regime direto na Catalunha.

Essa seria a primeira vez nas quatro décadas de democracia da Espanha que Madri ativaria o artigo da Constituição para efetivamente substituir um governo regional e convocar novas eleições.

Rajoy quer chegar ao maior consenso possível antes de tomar tal passo, que aumentou a perspectiva de mais protestos de grande escala na Catalunha, onde grupos pró-independência foram capazes de levar mais de 1 milhão de pessoas às ruas.

O líder da Catalunha, Carles Puigdemont, um ex-jornalista que está liderando a campanha de separação, se recusou a renunciar à independência citando uma esmagadora votação em favor da separação no dia 1º de outubro, em referendo considerado ilegal pelo governo central.

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