A Espanha planeja pagar uma renda mensal básica para cerca de um milhão das famílias mais pobres do país para ajudá-las a enfrentar o impacto do novo coronavírus, disse o ministro da Previdência Social, José Luis Escrivá, nesta sexta-feira.
Aqueles que receberem a renda básica, a ser aprovada pelo gabinete em maio, terão incentivos para encontrar trabalho, como a permissão para combinar a quantia mensal com os salários de um novo emprego durante certo período, disse Escrivá à estação de rádio COPE.
"Sem incentivos para encontrar um emprego, há uma tentação de esgotar o salário e não olhar para o mercado de trabalho", disse ele.
Ainda não foi decidido quanto será pago por mês e Escrivá se recusou a dizer quanto custaria ao governo, embora tenha afirmado que a medida seria financiada com nova dívida pública.
Ele acrescentou que até um quinto das famílias espanholas têm uma renda inferior a 246 euros por mês.
O Partido Socialista e seu parceiro de extrema-esquerda, Unidas Podemos, concordaram em janeiro em criar a renda básica como parte de seu programa de quatro anos, embora a crise da Covid-19 tenha mudado as prioridades.
Escrivá disse que levaria semanas para que a burocracia do governo começasse a pagar o novo benefício.
A economia espanhola perdeu 900 mil empregos durante as duas primeiras semanas de uma quarentena imposta em 14 de março para limitar a disseminação do novo coronavírus, elevando novamente o número oficial de desempregados ao patamar de três anos atrás.