A família de Celeste Fishbein não recebe notícias da jovem de 18 anos há duas semanas. A jovem teria sido sequestrada pelo Hamas no último dia 7, mas até o momento, não há confirmação. A suspeita surgiu desde que o governo israelense confirmou que o sinal de celular dela foi encontrado em Gaza, mas o aparelho em si não foi localizado.
Celeste é nascida em Israel, mas seus pais e avós são brasileiros. Antes de iniciar o conflito Israel-Palestina, ela trabalhava em uma escola infantil, e residia no Kibutz Be'eri, uma comunidade agrícola bem próxima da Faixa de Gaza. De acordo com o Fantástico, a casa da avó também fica próximo. No imóvel estavam a avó, a cuidadora, a mãe, Gladys Fishbein e o irmão da jovem.
Já ela, estava em sua casa, com o namorado. Quando os alarmes começaram a tocar, eles seguiram para os mamads, abrigos que existem dentro das casas. Na troca de mensagens, um dos familiares pergunta onde está Celeste, e a avó responde que está em casa com o namorado.
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O que sobrou de um míssil disparado pelo Hamas sobre Israel
Foto: REUTERS/Amir Cohen
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Homem segura seu cachorro após ataque do Hamas em Ashkelon, em Israel
Foto: REUTERS/Amir Cohen
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Mais de 126 pessoas foram feitas reféns pelo Hamas. Entre os desaparecidos estão (da direita para esquerda), Noa Argamani, Orión Hernández Radoux e a DJ e tatuadora Shani Louk. A família de Shani acredita que ela está viva e hospitalizada em Gaza.
Foto: Reprodução/Montagem
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Palestinos tentam deixar Gaza após prazo imposto por Israel
Foto: REUTERS/Mohammed Salem
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Palestinos usam um ponto de painel de energia solar para recarregar a bateria dos seus celulares
Foto: REUTERS/Ibraheem Abu Mustafa
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Mísseis disparados por Israel em direção a Gaza na terça-feira, 10, três dias após ofensiva do Hamas
Foto: REUTERS/Mohammed Salem
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Grupo de resgate remove corpos próximo a estação policial israelense destruída após ataque do Hamas, na quarta-feira, 11
Foto: REUTERS/Violeta Santos Moura
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Fumaças se confundem com o por do sol em Gaza
Foto: REUTERS/Mohammed Salem/File Photo
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Homem palestino nos destroços de construção após contra-ataque de Israel à ofensiva do Hamas
Foto: REUTERS/Ibraheem Abu Mustafa
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Médico carrega criança palestina ferida até ambulância em Gaza
Foto: REUTERS/Stringer
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Pela janela quebrada, uma parte da cozinha de uma casa israelense atingida por guerrilheiros do Hamas
Foto: REUTERS/Ilan Rosenberg
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Bombardeio de Israel em Gaza no sábado, 9
Foto: REUTERS/Mohammed Salem
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Palestinos inspecionam mesquita destruída pelo contra-ataque israelense
Foto: REUTERS/Ibraheem Abu Mustafa
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Em reação à ofensiva do Hamas, Israel atacou a Faixa de Gaza ainda no sábado, 7
Foto: REUTERS/Mohammed Salem
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Conflito entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza
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Imagens aéreas mostram carros em chamas em Ashkelon, Israel, no sábado, 7
Foto: REUTERS/Ilan Rosenberg
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Mulher vê o estrago no quarto, causado pela ofensiva palestina em Israel no sábado, 7
Foto: REUTERS/Amir Cohen
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No sábado, 7, dia da ofensiva palestina contra Israel, bombeiro tenta extinguir fogo decorrente de explosões
Foto: REUTERS/Amir Cohen
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Palestinos lançaram primeiros mísseis contra Israel no sábado, 7
Foto: REUTERS/Ibraheem Abu Mustafa
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Homem palestino carrega criança após ofensiva israelense contra palestinos na Faixa de Gaza
Foto: REUTERS/Yasser Qudih
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Conflito Israel x Hamas na Faixa de Gaza
Foto: REUTERS/Amir Cohen
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Faixa de Gaza
Foto: REUTERS/Raneen Sawafta
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Funeral do videojornalista da Reuters, Issam Abdallah, morto no sul do Líbano por bombardeio vindo da direção de Israel.
Foto: Reuters
A jovem responde que está bem, dentro do abrigo em sua casa. Depois, ela encaminha à família uma mensagem recebida em um grupo: "Terroristas do Hamas disfarçados de soldados do Exército de Israel estão batendo nas portas. Favor não abrir. Protejam suas vidas".
Horas depois, a mãe da jovem avisa que homens do Hamas entraram na casa onde estão. "Assustador", diz Gladys. O grupo extremista invadiu diversas casas, entre elas, a de Celeste. Desde então, a família não tem mais notícias da menina. O Hamas afirmou que 22 reféns já teriam sido mortos em Gaza por ataques israelenses, mas não há confirmações.
Angústia
A família da jovem ficou mais de 20 horas trancada dentro do abrigo, e sem receber ou compartilhar qualquer informação com outros familiares. Durante a última semana, Gladys chegou a coletar sangue para fazer o teste de DNA com o objetivo de saber se a filha estava entre as vítimas. A boa notícia é a de que não a encontraram entre os mortos, mas ainda há a angústia de não saber onde está Celeste.
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"Sabemos que o telefone dela está em Gaza. Não localizaram o telefone em si, mas o último sinal. Isso não quer dizer nada, o telefone pode estar em um lado e ela estar em outro. [...] Você vai ficando mais desesperado. Eles não passam nenhum tipo de informação", afirma Mário Fishbein, tio da jovem.
Para a mãe, a esperança é de que a jovem esteja viva. "A situação é insuportável, eu não sei onde ela está, não sei a condição dela, não sei como ela está se sentindo. Eu fico louca. É difícil de continuar a vida, porque para mim, ela está sequestrada. Disseram que encontraram o celular, mas não sabem a condição dela e onde ela está. Minha grande esperança é escutar a voz da minha filha, espero escutar a voz dela, e saber que ela está viva, bem cuidada. Que o mundo inteiro ajude a gente a tirar essas pessoas inocentes de lá. Eu acredito que ela está lá e vai voltar para casa. Celeste vai voltar”, declara Gladys.
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