Combatentes do grupo jihadista Estado Islâmico (EI) executaram neste sábado, em Mossul, norte do Iraque, quatro ex-candidatos às eleições parlamentares do país, que ocorreram em abril. As vítimas, que não fugiram da cidade quando ela foi tomada pelos jihadistas, pertenciam a correntes laicas e tecnocratas. Entre elas está Zina Nouri al Anzi, sequestrada há uma semana.
O EI vem fazendo campanhas de detenções e execuções nos últimos dois dias contra ex-candidatos, oficiais de segurança e personalidades conhecidas da cidade. Nessas campanhas, executou mais de 20 pessoas, sendo que alguns corpos foram lançados no rio Tigre.
Uma fonte do Instituto Médico Legal de Mossul disse que recebeu os quatro corpos dos ex-candidatos com marcas de bala na cabeça e no peito, além de sinais de tortura.
Na sexta-feira, o EI decapitou sete pessoas na região, entre elas três mulheres acusadas de bruxaria.
O EI tomou o controle de Mossul no dia 10 de junho e dali expandiu sua ofensiva no norte do país, chegando, inclusive, a proclamar um califado nos territórios do Iraque e da Síria sob seu domínio.