Estado Islâmico pede que simpatizantes matem Macron e Le Pen

Ameaça deve aumentar segurança nas eleições de 7 de maio

5 mai 2017 - 17h49
Marine Le Pen e Emmanuel Macron
Marine Le Pen e Emmanuel Macron
Foto: Montagem / Getty Images

O grupo terrorista Estado Islâmico (EI) lançou um apelo para seus simpatizantes assassinarem os dois candidatos à Presidência da França, Emmanuel Macron e Marine Le Pen, durante as eleições do próximo domingo (7).

Além disso, o EI pede para jihadistas atacarem os locais de voto. "Não se esqueçam de seus deveres de muçulmanos, escolham um candidato para matar e um colégio para incendiar", diz o apelo, que está em uma edição em francês da revista de propaganda da milícia, a "Rumiyah", difundida nesta sexta-feira (5).

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A publicação foi divulgada pelo "Site", portal que monitora a atividade de extremistas na Internet, e deve aumentar o alerta para as eleições de 7 de maio. O Estado Islâmico também cobra que todos os muçulmanos na França boicotem a votação, já que isso seria uma aceitação do "sistema democrático idólatra".

"Vocês elegeriam uma falsa divindade que seria colocada em pé de igualdade com Deus em matéria de legislação e julgamento", diz a revista.

Em 20 de abril, três dias antes do primeiro turno, um atentado reivindicado pelo EI já havia deixado um policial morto na avenida Champs-Élysées, em Paris, mas a votação acabou transcorrendo sem problemas, apesar do clima de tensão e preocupação. Pouco antes, a Polícia já tinha prendido dois suspeitos de planejarem atentados nas eleições.

Na reta final da campanha, os candidatos tiveram seus esquemas de segurança reforçados por conta da ameaça terrorista. A França é o país da Europa que mais sofreu com ataques jihadistas nos últimos anos, incluindo o massacre na redação do jornal "Charlie Hebdo", que matou 12 pessoas em janeiro de 2015, e a série de atentados em Paris em novembro do mesmo ano, que fez 130 vítimas.

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Todas essas ações foram reivindicadas pelo Estado Islâmico, que também se diz responsável pela morte de 86 pessoas em 14 de julho de 2016, em Nice, e pelo degolamento de um padre católico no fim do mesmo mês, em Saint-Étienne-du-Rouvray. O país é um dos membros mais ativos da coalizão internacional que combate o EI no Oriente Médio e abriga uma importante comunidade muçulmana.

Fonte: ANSA
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