Estado Islâmico pede que mães treinem crianças para a guerra

Manual afirma que mães devem contar histórias de guerra e incentivar brincadeiras com armas; para pesquisador, nova geração sofre "lavagem cerebral para odiar o Ocidente"

2 jan 2015 - 12h04
(atualizado às 12h56)
<p>Criança encena execução usando boneca</p>
Criança encena execução usando boneca
Foto: Mail Online / Reprodução

O Estado Islâmico publicou na internet um guia voltado a mães sobre como criar seus filhos e treiná-los para a jihad islâmica (guerra santa). As informações foram publicadas pelo tabloide britânico Mail Online.

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O guia, intitulado “Sister’s Role in Jihad” (O papel das irmãs na Jihad, em tradução livre) recomenda que as mães mostrem sites extremistas aos filhos, contem a eles histórias de guerra antes de dormirem e incentivem brincadeiras com armas de brinquedo e dardos, a fim de que melhorem a pontaria.

De acordo com o manual, as mães devem começar a treinar as crianças enquanto elas ainda são bebês porque, se esperarem que elas completem sete anos de idade, por exemplo, “pode ser tarde demais”. E acrescenta: “Não subestime o efeito duradouro do que pequenos olhos e ouvidos podem tomar durante os primeiros anos de vida!"

O manual foi condenado pelo MEMRI, um instituto norte-americano de pesquisa de mídia sediado no Oriente Médio. "Outros grupos jihadistas do Estado Islâmico e da Al-Qaeda em todo o mundo continuam a investir muito esforço na doutrinação da próxima geração de lutadores. Todos esses grupos querem que o mundo saiba que essa doutrinação está ocorrendo. Não importa o que aconteça no Iraque e na Síria no futuro. A próxima geração já tem sofrido uma lavagem cerebral para odiar o Ocidente”, disse Steven Stalinsky, diretor executivo da MEMRI.

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"Eles foram treinados no campo de batalha e sabem criar bombas e cintos de explosivos, bem como decapitar e crucificar o inocente. Isso é algo que temos de estar preparados para entender", continuou Stalinsky.

Não se sabe quem são os verdadeiros autores do manual, que foi postado de forma anônima. Mas é quase certo que o guia seja usado por outros grupos terroristas além do Estado Islâmico.

Fonte: Terra
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