Estados norte-americanos alertam autoridades: atrasar ou adulterar votação pode provocar acusações criminais

18 out 2024 - 19h03

Alguns Estados norte-americanos estão enviando fortes sinais a autoridades locais e de condados que possam estar tentadas a intervir ilegalmente na eleição de 5 de novembro, ou que se recusem a certificar resultados: se não cumprirem seu dever, podem sofrer acusações criminais e receber multas pesadas.

Em pelo menos cinco dos sete Estados-chave que podem determinar quem será o próximo presidente dos Estados Unidos - a democrata Kamala Harris ou o republicano Donald Trump -, autoridades eleitorais e policiais investigaram, indiciaram e até prenderam autoridades que tentaram interferir ou atrasar a certificação dos resultados, uma medida necessária, mas majoritariamente cerimonial.

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Autoridades de condados também foram alertadas que, caso não certifiquem resultados no prazo, podem forçar seus governos locais a arcarem com auditorias e recontagens desnecessárias.

O crescente escrutínio sobre autoridades locais tem como objetivo impedir que alegações infundadas de fraude atrasem a certificação dos resultados eleitorais, o que pode interferir na certificação do Congresso dos resultados na eleição presidencial, em momento de alta polarização.

Quatro anos após Trump ter tentado reverter a sua derrota eleitoral, autoridades dos Estados-chave Arizona, Michigan, Nevada, Pensilvânia e Wisconsin, assim como no fortemente democrata Colorado, afirmaram que estão muito mais preparadas para punir quem abusa de sua autoridade.

Com Trump repetindo as falsas alegações de que a eleição de 2020 foi roubada e que só perderá em novembro se houver fraude, assegurar que o processo eleitoral corra sem sobressaltos é muito importante. Estados que não certificarem os resultados após um certo prazo podem ficar fora do processo do Colégio Eleitoral que formalmente determina o vencedor da eleição presidencial norte-americana.

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"A lei é clara e não vamos tolerar que qualquer pessoa não a observe, por qualquer razão", disse a secretária de Estado de Michigan, Jocelyn Benson. "Há hora e lugar para contestar os resultados eleitorais. A certificação do processo não é uma delas."

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