Após 2º caso, hospital do Texas admite erros contra ebola

hospital presbiteriano do Texas também admitiu erros no "esforço de comunicar o que ocorria de forma rápida e transparente à opinião pública"

16 out 2014 - 02h44
(atualizado às 08h46)
O diretor clínico admitiu nesta quinta-feira que houve erro de gestão em relação ao ebola
O diretor clínico admitiu nesta quinta-feira que houve erro de gestão em relação ao ebola
Foto: STEWART F. HOUSE / AFP

O hospital presbiteriano de Dallas (Texas), onde foi registrado o primeiro caso de ebola nos Estados Unidos, admitiu que houve erros na gestão do paciente morto há uma semana, o que acabou resultando no contágio de duas enfermeiras americanas pela doença.

O reconhecimento foi feito nesta quarta-feira pelo diretor clínico do Texas Health Resources (consócio sanitário que controla o hospital), Daniel Varga, que comparecerá na Câmara dos Representantes nesta sexta-feira. As declarações que serão lidas por ele no encontro já foram divulgadas na imprensa local.

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"Infelizmente, no primeiro contato com Thomas Eric Duncan, apesar de nossas melhores intenções e da equipe médica altamente qualificada, cometemos erros", admitiu Varga, pedindo desculpas por "não ter diagnosticado corretamente os sintomas do ebola".

O liberiano foi atendido pela primeira vez no hospital no dia 25 de setembro, apresentando febre e dores abdominais, mas os médicos permitiram que ele voltasse para casa sem levar em consideração seu país de origem.

Duncan voltou ao local três dias depois, quando foi isolado e posteriormente diagnosticado com a doença.

O diretor clínico do hospital presbiteriano do Texas também admitiu erros no "esforço de comunicar o que ocorria de forma rápida e transparente à opinião pública", o que "inquietou a comunidade que já estava preocupada e confusa".

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O executivo explicou que por causa dos erros o hospital implementou "uma série de mudanças baseadas nas lições aprendidas".

Durante o atendimento de Duncan, pelo menos duas enfermeiras que tiveram contato com o paciente foram contagiadas com ebola. São elas Nina Pham e Amber Vinson, de 26 e 29 anos, respectivamente.

O caso de Amber foi confirmado ontem e as autoridades colocaram em alerta todos os passageiros de um voo entre Cleveland e Dallas tomado pela enfermeira na segunda-feira, quando já estava com febre.

Segundo relatos de fontes governamentais à rede de televisão "NBC", Amber consultou o Centro para o Controle e Prevenção de Doenças (CDC), órgão responsável por gerir a crise, se poderia embarcar no voo. A resposta teria sido positiva.

Após a confirmação do diagnóstico, a segunda enfermeira contaminada com o vírus foi transferida para o Hospital Emory de Atlanta, que já curou da doença americanos repatriados do leste da África.

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As autoridades de Dallas planejam emitir hoje uma declaração de emergência por causa do risco de contágio.

Dallas tem um paciente morto, três casos confirmados e 118 pessoas com potencial de contrair o vírus, mais da metade delas formada por profissionais de saúde.

Foto: Terra Arte

  
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