Após ação dos EUA, Líbia diz que deseja julgar militantes

8 out 2013 - 19h12
(atualizado às 20h30)
Nazih al Ragye, conhecido como Abu Anas al Liby, em fotografia do site do FBI
Nazih al Ragye, conhecido como Abu Anas al Liby, em fotografia do site do FBI
Foto: FBI / AP

O primeiro-ministro da Líbia, Ali Zeidan, disse na terça-feira, comentando a captura de um dirigente da Al-Qaeda pelos Estados Unidos, que líbios acusados de crimes deveriam ser julgados no próprio país, mas que a ação militar norte-americana não prejudicará as relações bilaterais.

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No sábado, soldados da força Seal, um contingente especial da Marinha dos EUA, capturaram em Trípoli o militante Nazih al Ragye, conhecido como Abu Anas al Liby, suspeito de envolvimento com os atentados de 1998 contra as embaixadas dos EUA no Quênia e na Tanzânia, cometidos pela Al-Qaeda.

Depois da ação militar, grupos militantes líbios usaram a Internet para defender retaliações, incluindo o sequestro de ocidentais e ataques a gasodutos. Vários militantes também criticaram Zeidan por ser supostamente conivente com a ação dos EUA, mas o premiê disse que não foi informado de antemão.

Falando a jornalistas durante visita ao Marrocos, Zeidan mostrou o desejo de não se indispor com os grupos islâmicos que controlam grande parte do território líbio desde a revolução que depôs o regime de Muammar Gaddafi, em 2012.

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"Nossa relação com os EUA é importante, e nos importamos com ela, mas também nos importamos com nossos cidadãos, o que é o nosso dever", afirmou o premiê. "Eles (EUA) nos ajudaram na nossa revolução. Nossa relação não será afetada por esse fato, que irá se resolver da forma necessária."

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