Assessor de Hillary estaria ligado a doações ilegais em 2008

11 mar 2014 - 23h22

Um dos principais assessores da ex-secretária de Estado americana Hillary Clinton pode ter participado de um plano para financiar ilegalmente operações de campanha para a corrida presidencial de 2008, de acordo com documentos judiciais revelados pelo jornal The Washington Post.

Minyon Moore estaria ligado a um plano para financiar operações em favor de Hillary em quatro Estados e em Porto Rico, no total de US$ 608.750, durante a dura campanha travada nas primárias do Partido Democrata contra o atual presidente Barack Obama, informou o jornal, que cita documentos do Tribunal federal de distrito em Washington.

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As revelações, que podem respingar e prejudicar a ex-primeira-dama e presidenciável na disputa em 2016, vieram à tona durante o depoimento do empresário Jeffrey Thompson.

Ele se declarou culpado, na segunda-feira, das acusações de corrupção em um caso relacionado a seu papel na disputa pela prefeitura da capital em 2010.

O empresário acusou um "indivíduo A" - que fontes familiarizadas com a investigação disseram ao Post se tratar de Moore - de lhe pedir que criasse equipes nas ruas que seriam financiadas para ajudar na campanha presidencial de Hillary Clinton nas primárias.

Não há nenhuma evidência de que Hillary soubesse dessas operações, disseram os promotores. Thompson disse aos investigadores, porém, que Moore teve um papel fundamental - ainda que não oficial - na campanha para promover o apoio a Hillary nas comunidades urbanas em Estados como Texas e Carolina do Norte.

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As leis americanas para financiar campanhas impõem um limite de contribuições financeiras aos candidatos e às suas operações, que têm de ser detalhadas para as autoridades federais. Segundo o jornal, esses valores nunca foram contabilizados.

Ligado ao casal Hillary e Bill Clinton, Moore é visto como alguém que pode ter uma posição relevante, se a ex-secretária de Estado confirmar suas intenções de se candidatar à Casa Branca em 2016.

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