Uma série de ataques aéreos dos Estados Unidos desde a semana passada diminuiu o ritmo operacional do Estado Islâmico, o grupo militante que tomou grandes áreas do norte do Iraque, mas é improvável que esta operação enfraqueça substancialmente o grupo, afirmou o Pentágono nesta segunda-feira.
"Avaliamos que os ataques aéreos dos EUA no norte do Iraque têm contido o ritmo operacional do Estado Islâmico e interrompido temporariamente seus avanços em direção à província de Arbil", que inclui a capital da semiautônoma região curda do Iraque, disse o tenente-general William Mayville Jr., um alto funcionário do Pentágono.
"No entanto, esses ataques não devem afetar as capacidades globais do Estado Islâmico ou suas operações em outras áreas do Iraque e Síria", acrescentou Mayville a repórteres.
O governo Obama disse na semana passada que atacaria para proteger norte-americanos do grupo militante, que ganhou força durante a guerra na vizinha Síria, e garantir que a minoria yazidis, do norte iraquiano, não seja alvo da violência sistemática dos militantes muçulmanos sunitas.
O tenente-general rejeitou ainda que Washington tenha "planos em andamento para estender a campanha de bombardeios aéreos" iniciados na última semana perto da cidade de Erbil a outras partes do Iraque.
"Estamos vendo os efeitos que estamos tendo sobre essas posições, esses lugares do EI que estão mantendo o assédio, e tentamos reduzir essa ameaça. No curto, prazo esse vai ser nosso objetivo", comentou.
Os 15 ataques aéreos realizados até agora são a primeira ação militar direta dos EUA no Iraque desde que o governo Obama encerrou a retirada de suas tropas no fim de 2011, com a esperança de acabar com o seu sangrento e longo envolvimento militar naquele país.
Mayville disse que o Estado Islâmico, que começou um avanço impressionante ao norte do Iraque em junho, permanecia forte. O grupo "continua focado em garantir e ganhar território adicional em todo o Iraque e vai manter seus ataques contra as forças de segurança e posições iraquianas e curdas, bem como alvejar yazidis, cristãos e outras minorias", disse.
Com informações da Reuters e EFE.