A atriz de filmes adultos que diz ter tido um relacionamento com Donald Trump antes de ele se tornar presidente dos Estados Unidos ofereceu nesta segunda-feira devolver os 130 mil dólares que um advogado pessoal de Trump lhe pagou para manter silêncio sobre a suposta relação.
A atriz Stephanie Clifford, conhecida pelo nome artístico Stormy Daniels, está tentando anular o acordo de silêncio para poder falar sobre o que ela diz ter sido um relacionamento que começou em 2006 e durou por vários meses.
"Essa é uma oferta extremamente justa", disse o advogado dela, Michael Avenatti, em entrevista. "Isso cumpre com o objetivo de permitir ao povo americano decidir quem está dizendo a verdade após ouvir ambos os lados".
Avenatti enviou uma carta ao advogado pessoal de Trump, Michael Cohen, nesta segunda-feira, dizendo que a atriz transferiria os recursos para uma conta da escolha de Trump até sexta-feira. Avenatti determinou um prazo até terça-feira para Cohen responder.
Sob a proposta apresentada na carta de Avenatti, a qual foi vista pela Reuters, Clifford teria autorização para falar "aberta e livremente sobre sua relação passada com o presidente e as tentativas de silenciá-la", assim que os recursos fossem devolvidos.
Ela também seria autorizada a "usar e publicar quaisquer mensagens de texto, fotos e/ou vídeos relacionados ao presidente que ela possa ter em sua posse, sem temer retalizações e/ou danos", disse Avenatti na carta.
O advogado pessoal de Trump não respondeu de imediato a um pedido de comentário sobre a carta, nem representantes de Cohen. A Casa Branca também não respondeu de imediato a um pedido de comentário.
A oferta de Avenatti foi feita depois que a porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders, disse na semana passada que Trump havia ganhado um procedimento de arbitragem contra Clifford.
O New York Times informou na semana passada que o advogado do presidente havia conseguido uma vitória sigilosa na Justiça impedindo Clifford de falar sobre o suposto relacionamento com Trump. Clifford, por sua vez, processou Trump pelo direito de falar sobre o caso.