Audiência de suspeitos do 11 de Setembro presos em Guantánamo é cancelada, diz Exército dos EUA

15 dez 2014 - 17h56

Autoridades dos EUA cancelaram nesta segunda-feira uma audiência pré-julgamento de dois dias para suspeitos dos atentados de 11 de setembro de 2001 detidos na prisão norte-americana da baía de Guantánamo, em Cuba, declarou um porta-voz do Exército dos Estados Unidos.

A audiência serviria para analisar as alegações de que o FBI, polícia federal dos EUA, tentou infiltrar equipes legais de defesa, de acordo com uma lista de sentenças divulgadas no site do Pentágono, e teria sido o primeiro procedimento do tipo desde a divulgação do relatório do Senado norte-americano sobre a prática de tortura da Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos (CIA, na sigla em inglês) na semana passada.

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Não foi comunicado nenhum motivo para o cancelamento.

Em julho o juiz James Pohl, um coronel do Exército, determinou não ter surgido nenhum conflito de interesse pelo fato de advogados do FBI terem abordado um funcionário da segurança para que ele se juntasse à equipe de defesa. As alegações vieram à tona em abril, atrasando ainda mais um caso complexo e lento.

Os advogados de Khalid Sheikh Mohammed, acusado de ser o mentor do 11 de Setembro, e de quatro outros suspeitos querem que Pohl determine a extensão dos contatos do FBI com os membros da equipe de defesa.

Mohammed e Ramzi Binalshibh, outro suposto envolvido nos atentados, são alguns dos prisioneiros submetidos a tortura pela CIA, segundo o relatório do Comitê de Inteligência do Senado divulgado na terça-feira passada.

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Se condenados, os réus podem receber a pena de morte.

(Por Tom Ramstack e Ian Simpson)

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