Duas pessoas morreram e outras 11 adoeceram na Flórida após contraírem "vibrio vulnificus", uma perigosa bactéria que vive na água do mar e devora a carne humana, confirmou nesta terça-feira o Departamento de Saúde do estado.
As duas vítimas residiam, respectivamente, no condado de Dixie, no litoral noroeste, e no de Lee, no litoral sudoeste da Flórida.
As autoridades sanitárias advertiram que esta bactéria, que penetra no corpo através de uma ferida ou por cortes na pele que entraram em contato com água marinha infectada, costuma afetar especialmente idosos com deficiências imunológicas e é tratada com antibióticos.
No entanto, este tipo de infecção, especificaram, é "rara" e costuma acontecer na água salgada quente, e as pessoas com imunodeficiência devem, especialmente, evitar contato direto com este meio.
A contaminação também pode acontecer com a ingestão de mariscos crus, especialmente ostras, advertiram.
Os sintomas mais comuns são diarreia, vômito e dor abdominal.
"A bactéria invade a corrente sangüínea, provoca febre, redução da pressão arterial, úlceras na pele e, em 50 % dos casos é fatal", alertaram as autoridades sanitárias.
Além disso, devido às úlceras aos ferimentos causados pela invasão do organismo humano, às vezes a "amputação do membro afetado" se torna inevitável.
Entre 1988 e 2006, o Centro para o Controle e Prevenção de Doenças (CDC) contabilizou nos estados do litoral do Golfo mais de 900 casos de "vibrio vulnificus", que pertence à família do germe que causa o cólera.
Em 2013, 41 pessoas foram infectadas na Flórida pela bactéria, e 11 morreram.
Segundo a base de dados a que a Agência Efe teve acesso, em 2008 foram registrados 15 casos de infectados e cinco mortes; em 2009, 24 infectados e sete mortos; em 2010, 32 infectados e dez mortos; em 2011, 35 infectados e 13 mortos, e, em 2012, 27 infectados e nove mortos.