Como parte de uma tradição anual, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, "perdoou" nesta segunda-feir, 25, dois perus em uma cerimônia na Casa Branca. Peach e Blossom, criados no estado de Minnesota, têm cerca de quatro meses e, como muitos outros antes deles, escaparam de serem servidos no Dia de Ação de Graças, na quinta-feira, 28.
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Este foi o último perdão de peru de Biden como presidente, antes que seu sucessor, Donald Trump, assuma a responsabilidade de manter a tradição.
"Hoje, Peach e Blossom se juntarão aos pássaros livres dos Estados Unidos da América", disse Biden, enquanto os perus estavam ao fundo, no gramado sul da Casa Branca. O presidente completou com um toque de humor: "Com base em seu temperamento e comprometimento em serem membros produtivos da sociedade, eu, por meio deste, os perdoo."
Os nomes dos perus, que em inglês significam "flor de pêssego", fazem referência ao estado natal de Biden, Delaware, que adota a flor do pessegueiro como símbolo. Durante a cerimônia, Biden também mencionou o significado de "resiliência" da flor, uma qualidade que considerou "bastante apropriada" para o momento.
A tradição do perdão presidencial remonta a uma origem imprecisa. Muitos acreditam que a prática começou em 1863, durante o governo de Abraham Lincoln, quando ele poupou um peru após o pedido de seu filho Tad.
No entanto, foi somente nos anos 1870 que o perdão passou a ser uma prática mais constante, quando o criador de aves Horace Vose começou a enviar perus à Casa Branca como uma oferta simbólica. Após a morte de Vose, em 1913, a tradição foi aberta ao público.
Em 1947, a Federação Nacional do Peru começou a entregar aves de forma formal ao presidente, mas o perdão ainda não era uma tradição estabelecida. O presidente Harry Truman, nesse ano, recebeu um peru como parte de uma campanha para promover a indústria de aves, mas o animal não foi poupado.
A partir dos anos 1960, o perdão simbólico foi ganhando forma. O presidente John F. Kennedy, em 1963, foi um dos primeiros a poupar um peru com a famosa frase "vamos deixá-lo continuar". Porém, foi durante o governo de Ronald Reagan, na década de 1980, que a prática do perdão presidencial se consolidou.
O presidente George Bush, em 1989, oficializou a tradição, dizendo que o peru não seria servido na mesa de jantar e viveria em uma minifazenda.