O ex-presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton, defendeu em uma entrevista a fundação que leva seu nome, em meio a alegações de conflito de interesses contra Hillary Clinton, e declarou que continuará dando palestras.
O marido da candidata nas primárias democratas na corrida para a presidência negou que as doações de Estados, empresas e empresários estrangeiros à Fundação Clinton possam influenciar as decisões de Hillary, que foi secretária de Estado entre 2009 e 2013.
"Não há nada de sinistro no fato de pedir às pessoas ricas de países comprometidos com o desenvolvimento que gastem seu dinheiro com sabedoria para ajudar as pessoas de países pobres", disse Bill Clinton, que realiza um giro por vários países da África, à NBC.
"Eu perguntei a Hillary. Ela me disse que ninguém nunca tentou exercer influência sobre ela pelo pagamento de ajuda para a fundação", garantiu Bill Clinton.
Questionado sobre os centenas de milhares de dólares que cobra pelos seus discursos desde que deixou a Casa Branca em 2001, Bill Clinton disse que dava 10% de sua renda para a fundação e que Hillary Clinton havia doado 17% durante os anos em que trabalhou com a fundação (2013-2015).
E quando perguntado se iria continuar fazendo palestras, enquanto sua esposa estiver em campanha presidencial, Bill Clinton disse: "Oh, sim, eu tenho que pagar nossas contas."
O ex-presidente acrescentou que qualquer crítico da fundação deve apresentar indícios de um possível conflito de interesses.
As ligações entre o casal e os muitos doadores da Fundação Clinton, especialmente nos quatro anos em que Hillary Clinton era chefe da diplomacia americana, foram criticadas pelos republicanos e a imprensa.
Um livro sobre o assunto, "Clinton Cash", será lançado nos Estados Unidos na terça-feira.