O brasileiro João Carlos do Rego, de 44 anos, foi preso na última semana em Orange County, na Califórnia (EUA), suspeito de roubar um banco. Ele foi identificado pelos policiais norte-americanos com a ajuda da população local.
Segundo reportagem do Fantástico, exibida no último domingo, 4, João Carlos passou os últimos 12 anos aplicando diferentes tipos de golpes – muitos deles, no Brasil. No País, ele praticou uma série de estelionatos.
Ao todo, a emissora identificou 13 casos. Na maioria das vezes, ele atuava como intermediário de uma negociação imobiliária, fraudava contratos e enganava as duas partes. Um dos maiores golpes, conforme a reportagem, foi na compra de um apartamento na Zona Sul de São Paulo em 2018.
"Para realmente consolidar esse golpe, ele falsificou um e-mail em nome do vendedor e falsificou um e-mail em nome do comprador. Aí ele mandava mensagens copiando todas as partes envolvidas e respondia criando meio que um diálogo real entre todas as partes", disse o advogado da vítima.
Além de falsificar o contrato, ele colocou uma cláusula pedindo um sinal a ser depositado na conta dele. A vítima chegou a depositar R$ 350 mil e não recuperou mais o dinheiro.
João também já era investigado nos EUA por dar um golpe em uma corretora de imóveis brasileira na Flórida em 2022. No país norte-americano, de acordo com a reportagem, ele fez ao menos 21 vítimas, roubando ao menos US$ 285 mil (cerca de R$ 1,4 milhão, na cotação atual).
Golpe na família
O influenciador digital Rodrigo Martins do Rego, irmão de João Carlos, também contou ao Fantástico que é uma das vítimas. Segundo ele, João Carlos roubou o inventário do pai, falecido em 2013. Rodrigo disse que o irmão esvaziou a conta do pai e vendeu imóveis sem autorização. "Ele falsificou minha assinatura", disse.
"Quando aconteceu o fato nos EUA, depois de tudo o que aconteceu no Brasil, não foi nenhuma surpresa para mim", afirmou Rodrigo à emissora.
A prisão
João Carlos foi preso suspeito de roubar um banco no dia 24 de janeiro. Segundo descrito pela polícia de Orange County, o brasileiro chegou ao Truist Bank por volta das 10h30. Ele usava máscara de proteção cirúrgica, boné e óculos escuros para dificultar ser identificado.
Pelas câmeras de segurança, é possível ver que ele mostra uma arma para uma atendente enquanto pede dinheiro a ela através de uma mensagem escrita na tela de seu celular.
O Terra busca contato com a defesa de João Carlos. O espaço segue aberto para manifestações.
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