A Câmara de Representantes dos Estados Unidos adotou nesta quinta-feira a lei anual de Defesa, que financia as operações militares contra o grupo Estado Islâmico (EI) na Síria e no Iraque, como desejava o presidente Barack Obama.
O Senado americano ainda deve aprovar a lei, que define todos os programas militares para o exercício orçamentário de 2015. Trezentos representantes votaram a favor e 119, contra.
O plano de treinamento e equipamento dos rebeldes sírios moderados, proposto pelo presidente americano, foi prorrogado. Em setembro, o Congresso havia autorizado este plano até o dia 11 de dezembro.
Os 5 bilhões de dólares de verbas militares solicitadas por Obama para lutar contra os jihadistas do EI foram adotados: 3,4 bilhões de dólares para o desenvolvimento de forças americanas para a operação "Determinação Absoluta" e 1,6 bilhão para o programa de equipamento e treinamento das forças iraquianas e curdas, por dois anos.
Obama havia solicitado um total de 5,6 bilhões de dólares, que incluíam 520 milhões para esforços diplomáticos e humanitários do departamento de Estado.
Além disso, a lei prorroga as restrições ao fechamento da prisão de Guantánamo, em Cuba, e redireciona a proibição da transferência de seus presos aos Estados Unidos, vigente desde 2011, apesar da oposição de Obama.
O Congresso proíbe o Pentágono de transferir os detentos para território americano para julgamento, assistência médica, cárcere ou qualquer outro motivo, já que os republicanos acreditam que poderiam ser soltos por decisão de um juiz, constituindo uma ameaça para a segurança nacional.
Ainda assim, existem 142 reclusos nas instalações de Guantánamo.